1 de 1 Bolsonaro e Lula
- Foto: Isac Nóbrega/PR e Deputado Rosemberg
Pesquisa feita pelo Instituto FSB, a pedido do BTG Pactual, divulgada nesta segunda-feira (25/4), revelou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) alcança 30% das intenções de votos espontâneos, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) marca 36%. Nessa versão, a diferença entre os dois candidatos caiu para seis pontos percentuais – no levantamento anterior, publicado em março, era de 11 pontos percentuais.
Já em um cenário estimulado, quando o pesquisador apresenta os nomes dos pré-candidatos, o petista tem 41%, enquanto o atual mandatário fica com 32% das intenções de voto. Também nesse caso, Lula apresentou queda (antes tinha 43%), enquanto Bolsonaro subiu (tinha 29%).
Veja os cenários:
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Cenário de votos estimulados
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Cenário de votos espontâneos
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Comparação de cenários de votos espontâneos, com pesquisa de 22 de março
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Comparação de cenários de votos estimulados, com pesquisa de 22 de março
Ciro Gomes (PDT) está atrás de Lula e Bolsonaro na pesquisa espontânea, com 4%. Os outros candidatos têm 4%; brancos e nulos 5%; 5% responderam que não votariam em nenhum candidato; e outros 5% não souberam responder.
A pesquisa é de caráter quantitativo e foi feita pelo Instituto FSB Pesquisa, por telefone (via CATI), entre os dias 22 e 24 de abril de 2022. Foram entrevistados 2 mil eleitores, e a margem de erro é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%. O registro da pesquisa no TSE é BR-04676/2022.
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Em época de eleição, as pesquisas eleitorais são, quase sempre, termômetros importantes para acompanhar o cenário político. No entanto, não é raro observar resultados divergentes entre pesquisas que foram realizadas durante o mesmo período. Isso, na verdade, não aponta erro, mas explica como certas metodologias adotadas por empresas podem influenciar resultados
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Quando não se entende como os estudos são feitos, é comum achar que institutos podem estar tentando manipular resultados. Afinal, por qual motivo as pesquisas eleitorais são tão diferentes e erram tanto, não é mesmo? A resposta é simples: dependendo do local, da escolha de abordagem e até do momento em que as pesquisas são feitas, os resultados podem divergir
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As pesquisas eleitorais são um retrato do momento que os dados foram coletados. Elas não funcionam em tempo real. Por exemplo, se a intenção de voto para um candidato A é alta, mas no dia seguinte as coisas mudam pois ele se envolveu em polêmicas, a pesquisa estará desatualizada e não corresponderá mais à intenção do público
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A metodologia utilizada também pode ser uma variante. As perguntas feitas pelas empresas e até mesmo a abordagem utilizada influenciam na resposta do público
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Por exemplo, levemos em consideração que a empresa B escolheu realizar a pesquisa eleitoral entregando uma lista com nome dos candidatos para que a pessoa possa circular. A empresa C optou por abordar verbalmente pessoas na rua para descobrir a intenção de voto delas. A chance da empresa A conseguir mais participantes na pesquisa é superior às chances da empresa C, e isso já influencia no resultado de uma para a outra
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Além disso, apresentar estímulos que podem afetar a resposta do eleitor, fazer a entrevista pessoalmente, por e-mail ou por telefone e até a ordem das palavras pode desestimular ou estimular a participação. Levando em consideração que várias empresas realizam enquetes, obviamente os resultados serão conflitantes
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O local onde as pesquisas são feitas também pode fazer diferença. Geralmente, áreas onde a renda dos habitantes é baixa, determinados partidos tendem a ganhar, assim como locais onde a renda dos habitantes é mais alta, a preferência por outro determinado partido é nítida. Se um instituto conseguir entrevistar mais pessoas em um local e não no outro, o resultado também será influenciado
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Ou seja, em termos práticos, as empresas, muitas vezes, não estão erradas. As diferenças metodológicas das pesquisas é que definem o resultado
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Apesar de o que possa parecer, as diferenças entre as pesquisas não são mal vistas. Elas, na verdade, ajudam os institutos a compararem os resultados e melhorarem a abordagem para obter resultados mais exatos no futuro
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Para definição da amostra, o Instituto FSB Pesquisa controlou as seguintes cotas: sexo, idade, escolaridade, tipo de telefonia e DDD.
Na última apuração realizada pelo instituto, divulgada no dia 22 de março, no cenário espontâneo, Lula tinha o apoio de 38% dos eleitores, e Bolsonaro 27%. Ciro foi lembrado por 4%; Moro tinha 3%; e André Janones 1%. Os demais não pontuaram.
Luiz Inácio Lula da Silva também liderava as intenções de voto para o Palácio do Planalto em um cenário estimulado, com 43%. Bolsonaro tinha 29%. Em seguida, apareciam Ciro Gomes (PDT), com 9%, e Sergio Moro (Podemos), com 8%.