“Bronca” de Carlos Bolsonaro funciona e BB volta a apoiar site bolsonarista
Área de marketing do banco, comandada por filho de Mourão, considerou bloqueio ao Jornal da Cidade Online exagerado
atualizado
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Depois da “bronca” do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho Zero 02 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), 0 Banco do Brasil decidiu retirar o veto ao site “Jornal da Cidade Online” para receber publicidade do banco. As informações são do Estadão.
A área de marketing e comunicação do BB, cujo gerente é Antonio Hamilton Rossell Mourão, filho do vice-presidente Hamilton Mourão, considerou exagerado o bloqueio e retomou a permissão para que o site, alinhado à direita conservadora, receba publicidade do banco.
Nessa quarta-feira (20/05), Carlos Bolsonaro fez críticas ao Banco do Brasil no Twitter, depois que a instituição financeira decidiu retirar anúncios do Jornal da Cidade Online.
“Marketing do Banco do Brasil pisoteia em mídia alternativa que traz verdades omitidas. Não falarei nada pois dirão que estou atrapalhando… agora é você ligar os pontinhos mais uma vez e eu apanhar de novo, com muito orgulho! Obs: não conheço ninguém do Jornal da Cidade Online”, escreveu por meio do Twitter.
O presidente do BB, Rubem Novaes, disse ao Estadão que não concordou com a restrição e que o site não deveria ser punido.
Fake news
O banco foi informado de que estava monetizando o site pelo Sleeping Giants Brasil. Trata-se de um perfil no Twitter que alerta empresas quando suas publicidades estão em sites com conteúdo racista ou de fake news.
Nesse caso, o perfil comunicou o banco pela rede social de que sua publicidade estava numa página conhecida por espalhar fake news e, ainda, que é contra o isolamento social para combater a pandemia do novo coronavírus.
O Jornal da Cidade Online publicou ao menos oito textos que foram desmentidos pelo Estadão Verifica, incluindo artigo que manipulou dados de pesquisas de opinião para fazer parecer que aprovação de Bolsonaro tinha aumentado entre janeiro a novembro do ano passado e esconder que a desaprovação do governo havia crescido de forma significativa.