Brasil restringe voos vindos da Índia devido a variante do coronavírus
Já há restrições para entrada no país de passageiros vindos do Reino Unido, da Irlanda do Norte e da África do Sul. Cargas seguem liberadas
atualizado
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Em portaria publicada na noite desta sexta-feira (14/5), o governo brasileiro estabeleceu restrições para voos provenientes da Índia. O país fica incluído na lista de restrição para pouso no Brasil, que já inclui Reino Unido, Irlanda do Norte e África do Sul.
Há 10 dias a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a proibição de voos e viajantes que vêm da Índia. O país enfrenta uma crise sanitária grave com a variante B.1617 do coronavírus, que tem capacidade de transmissão maior do que a cepa original do vírus.
Uma nota técnica foi enviada no dia 4 de maio ao Comitê de Crise para a Supervisão e Monitoramento dos Impactos da Covid-19, segundo informações do colunista Gerson Camarotti, do G1.
Além de proibir voos internacionais que tenham origem ou passagem pela Índia, a portaria estabelece que o passageiro com origem ou histórico de passagem pelo país nos últimos quatorze dias deverá permanecer em quarentena por 14 dias ao ingressar no território brasileiro.
A portaria mantém a liberação de voos de cargas, para evitar prejuízos econômicos e de saúde, uma vez que o Brasil recebe insumos da Índia para vacinas contra a Covid-19.
O texto é assinado pelos ministros da Casa Civil, da Justiça e Segurança Pública e da Saúde e foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).
Veja a íntegra:
Portaria Nº 653, De 14 de Maio de 2021 – Portaria Nº 653, De 14 de Maio de 2021 – Dou – Imprensa Nacional by Carlos Estênio Brasilino on Scribd
Covid-19 na Índia
Segundo o site Our World in Data, ligado à Universidade de Oxford, o coronavírus já infectou mais de 24 milhões de pessoas na Índia. Ao todo, a Índia contabiliza mais de 258 mil mortes em decorrência da Covid-19.
A variante B.1617, identificada primeiramente na Índia no ano passado, foi classificada nesta semana pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um tipo digno de preocupação global.
Segundo a cientista chefe da entidade, Soumya Swaminathan, até onde se sabe, as vacinas contra a Covid-19 e tratamentos disponíveis são eficazes contra a cepa indiana. Ela ressaltou, no entanto, que as evidências ainda são recentes e é importante “dar tempo” para que mais dados sobre a variante B.1617 sejam coletados.