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Brasil pede “suspensão de hostilidades” entre Rússia e Ucrânia

Em nota, Ministério das Relações Exteriores apelou para a suspensão imediata das hostilidades e defendeu uma solução diplomática

atualizado

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Itamaraty
1 de 1 Itamaraty - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Itamaraty se manifestou, no fim da manhã desta quinta-feira (24/2), sobre a invasão russa à Ucrânia. Segundo o comunicado, o Brasil acompanha “com grave preocupação” a deflagração das operações militares pela Rússia contra o país vizinho e pede “suspensão imediata das hostilidades” na região.

“O Brasil apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início de negociações conducentes a uma solução diplomática para a questão, com base nos Acordos de Minsk, e que leve em conta os legítimos interesses de segurança de todas as partes envolvidas e a proteção da população civil”, diz a nota de três parágrafos emitida pelo Ministério das Relações Exteriores (leia a íntegra abaixo).

O texto prossegue lembrando que o Brasil, como membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas, está engajado nas discussões multilaterais e defende que as soluções sejam orientadas pelos princípios da não intervenção, da soberania e integridade territorial dos Estados e da solução pacífica das controvérsias.

Mais cedo, o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, publicou que o Brasil prepara posicionamento mais incisivo contra Rússia após invasão à Ucrânia. Nos bastidores, integrantes do Itamaraty e do Palácio do Planalto dizem que Bolsonaro deve subir o tom contra o presidente russo.

Pouco antes da divulgação da nota, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), disse que o Brasil não concorda com a invasão russa da Ucrânia e afirmou que o país está se posicionando por meio da atuação na Organização das Nações Unidas (ONU).

Mourão foi o primeiro membro do alto escalão do governo brasileiro a comentar o ataque russo à Ucrânia. O general declarou ainda que “tem que haver uso da força e apoio à Ucrânia”.

Questionado se o Brasil adotará outros posicionamentos em órgãos multilaterais, o general afirmou que o tema deve ser discutido entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o Itamaraty.

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Tanques militares russos e veículos blindados avançam em Donetsk, Ucrânia
Uma coluna de veículos blindados passa por um posto policial na cidade de Armyansk, norte da Crimeia. No início do dia 24 de fevereiro, o presidente Putin anunciou uma operação militar especial a ser conduzida pelas Forças Armadas russas em resposta aos pedidos de ajuda dos líderes das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk
Engarrafamento em Kiev: moradores tentam deixar a capital após o ataque
BRUXELAS, ÉLGIUM - 24 DE FEVEREIRO: O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, faz uma declaração sobre a operação militar da Rússia na Ucrânia, na sede da OTAN em Bruxelas, Bélgica, em 24 de fevereiro de 2022
Diante do ataque russo, cidadãos ucranianos deixaram as suas casas, localizadas em zonas de conflito, e recorreram aos trens
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Ataque com mísseis

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Tanques militares russos e veículos blindados avançam em Donetsk, Ucrânia

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Uma coluna de veículos blindados passa por um posto policial na cidade de Armyansk, norte da Crimeia. No início do dia 24 de fevereiro, o presidente Putin anunciou uma operação militar especial a ser conduzida pelas Forças Armadas russas em resposta aos pedidos de ajuda dos líderes das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk

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Engarrafamento em Kiev: moradores tentam deixar a capital após o ataque

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BRUXELAS, ÉLGIUM - 24 DE FEVEREIRO: O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, faz uma declaração sobre a operação militar da Rússia na Ucrânia, na sede da OTAN em Bruxelas, Bélgica, em 24 de fevereiro de 2022

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Diante do ataque russo, cidadãos ucranianos deixaram as suas casas, localizadas em zonas de conflito, e recorreram aos trens

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24 de fevereiro de 2022, Renânia-Palatinado, Ramstein-Miesenbach: aviões da Força Aérea dos EUA estão na pista da Base Aérea de Ramstein. As tropas russas começaram seu ataque à Ucrânia

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Tanques das forças ucranianas se movem após a operação militar da Rússia

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Um oficial do Serviço de Proteção Russo em frente ao Kremlin, na Praça Vermelha, no dia 24 de fevereiro de 2022, em Moscou, Rússia. Tropas russas lançaram seu ataque antecipado na Ucrânia na quinta-feira

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CRIMEIA, RÚSSIA - 24 DE FEVEREIRO DE 2022: um veículo blindado atravessa a cidade de Armyansk, norte da Crimeia. No início de 24 de fevereiro, o presidente Putin anunciou uma operação militar especial a ser conduzida pelas Forças Armadas russas, em resposta aos pedidos de ajuda dos líderes das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk

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Habitantes de Kiev deixaram a cidade após ataques de mísseis pré-ofensivos das forças armadas russas e da Bielorrússia

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Ao redor do mundo, várias pessoas se manifestam contra o ataque russo à Ucrânia. "Pare a guerra", escreveu mulher em cartaz durante manifestação em frente ao Portão de Brandemburgo, na Alemanha

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Embaixada da Ucrânia em Brasília

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Segurança local é reforçada na Embaixada da Ucrânia em Brasília

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Embaixada da Rússia em Brasília

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Encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia em Brasília, Anatoliy Tkach fala com a imprensa após ataque da Rússia

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Brasileiros na Ucrânia

Em outra nota, o Itamaraty afirmou que a embaixada do Brasil em Kiev permanece aberta e dedicada à proteção dos cerca de 500 cidadãos brasileiros na Ucrânia.

A orientação é que os brasileiros que se encontrem no leste do país e em outras regiões em condições de conflito mantenham contato diário com a embaixada. “Caso necessitem de auxílio para deixar a Ucrânia, devem seguir as orientações da embaixada e, no caso dos residentes no leste, deslocar-se para Kiev assim que as condições de segurança o permitam”, diz o Itamaraty.

Para casos de emergência consular de brasileiros na Ucrânia e seus familiares, o número de telefone de plantão consular disponibilizado é: +55 61 98260-0610.

Leia, na íntegra, as notas do Itamaraty:

Ministério das Relações Exteriores
Departamento de Comunicação Social

Nota nº 30
24 de fevereiro de 2022

Situação na Ucrânia

O Governo brasileiro acompanha com grave preocupação a deflagração de operações militares pela Federação da Rússia contra alvos no território da Ucrânia.

O Brasil apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início de negociações conducentes a uma solução diplomática para a questão, com base nos Acordos de Minsk, e que leve em conta os legítimos interesses de segurança de todas as partes envolvidas e a proteção da população civil.

Como membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil permanece engajado nas discussões multilaterais com vistas a uma solução pacífica, em linha com a tradição diplomática brasileira e na defesa de soluções orientadas pela Carta das Nações Unidas e pelo direito internacional, sobretudo os princípios da não intervenção, da soberania e integridade territorial dos Estados e da solução pacífica das controvérsias.

 

Ministério das Relações Exteriores
Departamento de Comunicação Social

 

Nota nº 31
24 de fevereiro de 2022

Brasileiros na Ucrânia

A Embaixada do Brasil em Kiev permanece aberta e dedicada, com prioridade, desde o agravamento das tensões, à proteção dos cerca de 500 cidadãos brasileiros na Ucrânia. A Embaixada vem renovando o cadastramento dos brasileiros e tem-lhes transmitido orientações, por meio de mensagens em seu site (kiev.itamaraty.gov.br), em sua página no Facebook (https://www.facebook.com/Brasil.Ukraine) e em grupo do aplicativo Telegram (https://t.me/s/embaixadabrasilkiev).

Solicita-se aos cidadãos brasileiros em território ucraniano, em particular aos que se encontrem no leste do país e outras regiões em condições de conflito, que mantenham contato diário com a embaixada. Caso necessitem de auxílio para deixar a Ucrânia, devem seguir as orientações da Embaixada e, no caso dos residentes no leste, deslocar-se para Kiev assim que as condições de segurança o permitam.

O Itamaraty disponibiliza, ainda, para casos de emergência consular de brasileiros na Ucrânia e seus familiares, o número de telefone de plantão consular +55 61 98260-0610.

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