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Brasil não tem preferência em negociações com China ou EUA, diz Haddad

Depois de Lula alfinetar EUA afirmando que ninguém vai proibir Brasil e China de aprimorarem relação, Haddad diz que país não pode se isolar

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Imagem colorida mostra Haddad faz coletiva durante viagem à China - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Haddad faz coletiva durante viagem à China - Metrópoles - Foto: Tingshu Wang-Pool/Getty Images

Pequim – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em coletiva de imprensa em Pequim, na China, disse que o Brasil não pode ficar isolado em negociações com um país ou outro. A afirmação veio depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou com o presidente chinês, Xi Jinping, e afirmou que “ninguém vai proibir que o Brasil aprimore sua relação com a China”, em uma calculada alfinetada nos Estados Unidos.

Questionado sobre o clima da reunião com chineses e a possibilidade de eventuais reflexos e desconfortos dos Estados Unidos, o chefe da Fazenda disse que o Brasil é muito grande para “ficar escolhendo parcerias comerciais”. “Não há nenhuma preferência do Brasil. Pelo contrário, nós queremos ampliar ao máximo as parceiras do Brasil, como o presidente Lula fez durante seus dois [primeiros] mandatos”, disse.

“A reação que a gente espera é de mais parcerias com os Estados Unidos. Nós temos que vencer a etapa anterior do país. O país não pode ficar isolado de ninguém, somos grandes demais para ficar escolhendo parceiros”, disse Haddad sobre a reação esperada pelo mercado norte-americano.

O ministro afirmou que o Brasil tem tamanho para fazer parceria com grandes blocos e com outros países em acordos bilaterais. “Não faz nenhum sentido você fazer opção em se aproximar de um, para se afastar com outro. Tudo o que a área econômica quer é voltar à mesa”, continuou.

Moedas locais

O ministro também mencionou a questão da inutilização do dólar como moeda padrão de comércio entre blocos. Segundo o chefe da pasta, a proposta está há muito tempo em negociação

“A ideia de fazer o intercâmbio comercial em moedas próprias, sem recorrer a moedas de terceiros, é uma coisa que tá há muito tempo na mesa de negociação, entre os Brics, no âmbito do Mercosul”, enfatizou.

“O presidente Lula restabeleceu essa agenda, pedindo pra Fazenda, pra área econômica dos dois países se debruçarem sobre esse tema e aprofundarem as possibilidades de intercâmbio em moeda local. Ou seja, poder usar o real, poder usar o yuan, poder usar as moedas dos países em desenvolvimento como unidade de conta para trocas internacionais”, reforçou Haddad.

Em um comunicado enviado pelo Ministério das Relações Exteriores, o governo brasileiro expôs um dos eixos concordados entre Brasil e China nesta rodada de reuniões.

“As duas partes manifestaram satisfação com a assinatura do memorando de entendimento entre o Ministério da Fazenda do Brasil e o Ministério das Finanças da China. Concordaram em aprofundar o diálogo na área econômico-financeira e fortalecer o comércio em moedas locais”, salientou o comunicado.

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