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Brasil e outros 15 países questionam legitimidade das eleições na Venezuela

Chavismo recuperou a Assembleia Nacional da Venezuela nesse domingo (6/12). Apenas 31% dos venezuelanos foram às urnas

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Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo
1 de 1 Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Ao lado de 15 países americanos, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil publicou uma declaração, na manhã desta segunda-feira (7/12), em que questiona a legalidade das eleições legislativas na Venezuela.

O chavismo retomou o controle do parlamento. Boicotada por parte da oposição, que contesta o resultado dos pleitos ao menos desde 2018, a eleição desse domingo (6/12) foi caracterizada por abstenção de 69%.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) indicou que a aliança do Grande Polo Patriótico, apoiador do regime do ditador Nicolás Maduro, obteve cerca de 67,7% dos 5,2 milhões de votos apurados em um primeiro boletim.

Em nota, o Itamaraty explicou que as eleições desse domingo “carecem de legalidade e legitimidade, pois foram realizadas sem as garantias mínimas de um processo democrático, de liberdade, segurança e transparência”.

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O presidente Jair Bolsonaro e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo
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Andre Borges/Especial para o Metrópoles
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O presidente Jair Bolsonaro e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo

“Exortamos a comunidade internacional a se unir na rejeição a essas eleições fraudulentas e a apoiar os esforços para a recuperação da democracia, do respeito pelos direitos humanos e do Estado de Direito na Venezuela”, prosseguiu.

O Ministério das Relações Exteriores convoca também “os atores de toda a Venezuela, de todas as tendências ideológicas e filiações partidárias, a colocarem os interesses do país acima de tudo”.

E pede que se comprometam “urgentemente com um processo de transição, definido e impulsionado pelos venezuelanos, de modo a encontrar uma solução pacífica e constitucional que leve o país a eleições presidenciais e parlamentares”.

Além de Brasil, assinam o texto os seguintes países: Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Santa Lúcia.

Em rede social, o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Ernesto Araújo, disse que “o Brasil continuará trabalhando, com todos os parceiros que quiserem, pela redemocratização da Venezuela”.

“O regime de Maduro promoveu hoje ‘eleições parlamentares’ na Venezuela para tentar legitimar-se. Só se legitimará aos olhos daqueles que apreciam ou toleram a ditadura e o crime organizado, o grande complexo criminoso-político do Foro de São Paulo ou ‘Socialismo do Século XXI'”, escreveu.

“O resultado de qualquer ‘legitimação’ de Maduro: mais opressão e fome para os venezuelanos, mais força para o crime em toda a região. Porém o povo venezuelano rejeitou a farsa eleitoral”, prosseguiu o chanceler.

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