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Brasil e Espanha divulgam nota de “solidariedade incondicional” a Vini Jr.

Governo do Brasil havia cobrado providências de entidades esportivas da Espanha e da Fifa. Nesta terça (23/5), os dois países assinaram nota

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Imagem colorida mostra Vinicius Júnior apontando para torcedores que o chamaram de macaco - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Vinicius Júnior apontando para torcedores que o chamaram de macaco - Metrópoles - Foto: Quality Sport Images / Colaborador/Getty Images

Os governos de Brasil e Espanha emitiram, na manhã desta terça-feira (23/5), uma nota conjunta falando sobre o caso do atacante do Real Madrid Vinícius Júnior, que no último domingo (21/5) sofreu ataques racistas durante uma partida do Campeonato Espanhol. Durante a segunda-feira (22/5), o governo brasileiro acionou o Ministério Público espanhol e pediu uma resposta oficial do país.

Nesta terça-feira (23/5), o Ministério da Igualdade Racial do Brasil e o Ministério da Igualdade do Reino da Espanha assinaram uma nota em conjunto em que expressam solidariedade a Vinicius Júnior.

“Declaramos solidariedade incondicional a Vini Jr., o jogador agredido, bem como a todos os atletas, profissionais ou não, que vivenciam diariamente a violência racista no esporte. O esporte deve ser um reflexo dos valores de igualdade, respeito e diversidade que norteiam nossas sociedades e nele não há lugar para quem propaga mensagens de ódio, racismo, perseguição e intolerância”, diz o documento.

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Vini Jr. desabafou sobre racismo e recebeu apoio de amigos jogadores
O goleiro Courtois também saiu em defesa de Vini Jr.
Vini Jr. desabafou sobre racismo e recebeu apoio de amigos jogadores
Vini Jr. desabafou sobre racismo e recebeu apoio de amigos jogadores
O último caso aconteceu nesse domingo (21/5), quando torcedores do Valencia chamaram o jogador de "macaco"
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Vini Jr. desabafou sobre racismo e recebeu apoio de amigos jogadores

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O goleiro Courtois também saiu em defesa de Vini Jr.

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O último caso aconteceu nesse domingo (21/5), quando torcedores do Valencia chamaram o jogador de "macaco"

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“Os estados signatários, por meio desta comunicação conjunta, insistem nesse compromisso compartilhado antirracista e feminista e na importância de realizar ações concretas e efetivas para promover a igualdade e o combate ao racismo como pilares essenciais para o desenvolvimento de ambos os países”, aponta outro trecho.

Veja a nota completa aqui.

Na segunda-feira, o governo brasileiro, representado por cinco ministérios, cobrou providências de entidades esportivas da Espanha e da própria Fifa.

Assinaram a nota os ministérios dos Esportes; da Igualdade Racial; das Relações Exteriores; da Justiça e Segurança Pública; e dos Direitos Humanos e da Cidadania. Em pronunciamento oficial, o governo brasileiro disse ter acionado o Ministério Público da Espanha contra a Primeira Divisão da Liga de Futebol Profissional, conhecida como La Liga.

Entenda o caso

Tudo começou quando o brasileiro estava driblando e foi atrapalhado por uma segunda bola em campo. Seus companheiros de equipe ficaram indignados com a situação, e a torcida do Valencia começou a hostilizar o craque do Real Madrid.

Vini foi xingado por parte da torcida e apontou para o setor de onde partiam os gritos de “macaco”. O árbitro Ricardo de Burgos paralisou a partida, ordenou que uma mensagem fosse anunciada no estádio, pedindo que os gritos parassem, e depois seguiu com o jogo.

Depois, uma confusão entre vários jogadores dos dois times paralisou novamente o confronto. O camisa 20 do Real Madrid deu um tapa em um atleta rival após sofrer um mata-leão. O árbitro de vídeo (VAR), entretanto, escolheu somente mostrar a agressão do brasileiro, que acabou sendo expulso por isso. Nesta terça, a Federação Espanhola de Futebol demitiu o VAR pelo erro.

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