metropoles.com

Brasil e Argentina negociam estratégia para exportar soja à China

Segundo informou o ministro da Agricultura, Blairo Maggi: “O Brasil, a Argentina e os Estados Unidos têm 90% deste mercado, e na verdade a China determina algumas regras que para nós não são interessantes. Vamos afinar alguns pontos e depois tentar convencer os chineses de que temos razão”

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Valter Campanato/Agência Brasil
1033834-01082016-vac_0017
1 de 1 1033834-01082016-vac_0017 - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Brasil e Argentina estão negociando uma estratégia conjunta para conseguir exportar soja com maior valor agregado à China. O objetivo é obter condições que permitam aos dois países aumentar o embarque de farelo, óleo e outros derivados da oleaginosa. “O Brasil, a Argentina e os Estados Unidos têm 90% deste mercado, e na verdade a China determina algumas regras que para nós não são interessantes. Vamos afinar alguns pontos e depois tentar convencer os chineses de que temos razão”, disse neste domingo o ministro da Agricultura, Blairo Maggi.

As conversas entre Brasil e Argentina já começaram. Maggi tratou do tema com o ministro da Agroindústria da Argentina, Ricardo Buryaile, quando esteve no País vizinho, no início de agosto. Neste domingo, 28, eles voltaram a se reunir na Expointer (Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários), em Esteio, na região metropolitana de Porto Alegre.

A discussão com os argentinos abre uma possibilidade de avançar numa demanda brasileira com a China que é antiga. Segundo Buryaile, tanto Brasil quanto Argentina têm a necessidade de agregar valor à soja antes de exportá-la, para fomentar as indústrias locais e, também, diversificar a pauta de exportações

“Estamos vendendo a eles (chineses) muito grão de soja e pouco valor agregado. É preciso falar com a China”, afirmou o ministro argentino. “A ideia é que vejam que dois produtores tão importantes como Argentina e Brasil têm uma mesma visão. É sair deste esquema de produção que temos de grãos e passar a outra etapa.”

Maggi ressaltou que, no caso do Brasil, a diversificação da pauta de exportação para o país asiático pode ajudar a evitar a falta do grão da oleaginosa no mercado interno. “Vamos ter problema neste final de ano com a grande saída de grãos, talvez algumas indústrias tenham que parar de processar por falta de produto. Então, uma das políticas que podemos utilizar é esta de participação (no mercado chinês) não só de grãos, mas também de farelo e óleo”, avaliou.

Buryaile disse que ele e Maggi devem voltar a se encontrar dentro de três meses para tocar uma agenda de temas em comum, entre eles a soja.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?