Braga Netto renomeia olavista demitido por Regina da presidência da Funarte
O maestro Dante Mantovani ficou famoso após defender que “o rock ativa a droga, que ativa o sexo, que ativa a indústria do aborto”
atualizado
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Demitido pela secretária especial de Cultura, Regina Duarte, da presidência da Funarte (Fundação Nacional de Artes), Dante Henrique Mantovani foi nomeado novamente para o mesmo cargo nesta terça-feira (05/05). A portaria é assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto.
Mantovani ganhou notoriedade após uma série de divulgações, entre elas um vídeo de outubro de 2019, no qual ele defendia que “o rock ativa a droga, que ativa o sexo, que ativa a indústria do aborto, que, por sua vez, alimenta uma coisa muito mais pesada, que é o satanismo. O próprio John Lennon disse abertamente, mais de uma vez, que ele fez um pacto com o diabo para fazer sucesso”.
Em canal no YouTube, ele ainda defendeu teses ligando a produção e o consumo de funk à “situação caótica” no Rio de Janeiro e chegou a avaliar que o ritmo motiva crimes como estupros coletivos.
Tão logo assumiu a pasta, no dia 4 de março, Regina demitiu o maestro, entre outras pessoas da secretaria nomeadas pelo antecessor, Roberto Alvin. A primeira nomeação do maestro havia sido no dia 4 de novembro de 2019.
Especialista em filosofia política e jurídica e mestre em linguística, Dante Mantovani mantém um canal no YouTube, em que faz vídeos sobre música e responde perguntas dos seguidores.
Outra polêmica envolvendo o maestro se deu na divulgação de um edital da Funarte para anunciar o Prêmio de Apoio a Bandas de Música, no qual a instituição proibia a participação de alguns tipos de banda, incluindo as de rock.
A segunda nomeação de Dante Mantovani ocorre em um momento no qual Regina Duarte é alvo da ala ideológica do governo, com o aval do próprio presidente, que, na semana passada, chegou a criticar a secretária por ela não se encontrar em Brasília, apesar de dizer, em conversas com apoiadores, que ele também ama a “namoradinha do Brasil”.