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Braga Netto pede união do país contra “desestabilização institucional”

Em cerimônia de troca de comando do Exército, ministro da Defesa disse que Forças Armadas estão “preparadas e prontas a servir” ao país

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Novo ministro da Defesa, general Walter Souza Braga Netto
1 de 1 Novo ministro da Defesa, general Walter Souza Braga Netto - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Em cerimônia de passagem do cargo de Comandante do Exército, nesta terça-feira (20/4), o ministro da Defesa, general Walter Souza Braga Netto, disse que o momento atual do país requer união nacional contra iniciativas de “desestabilização institucional”.

“O momento requer um maior esforço de união nacional, com foco no combate à pandemia e no apoio à vacinação. Hoje, o país precisa estar unido contra qualquer tipo de iniciativa de desestabilização institucional, que altere o equilíbrio entre os poderes e prejudique a prosperidade do Brasil”, disse Braga Netto em discurso.

“Enganam-se aqueles que acreditam estarmos sobre um terreno fértil para iniciativas que possam colocar em risco a liberdade conquistada por nossa nação. É preciso respeitar o rito democrático e o projeto escolhido pela maioria dos brasileiros para conduzir os destinos do país”, prosseguiu ele.

A fala do ministro é proferida em meio à instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar ações do governo federal na pandemia. A CPI da Covid prevê chamar ao menos seis ministros ou ex-ministros do governo para prestar esclarecimentos.

Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, a CPI deve colocar em foco a gestão dos militares na área da Saúde. Além do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, a lista inicial das autoridades que devem ser ouvidas inclui o ex-número 2 da pasta, coronel Élcio Franco, além do ex-comandante do Exército Edson Pujol, que será chamado para explicar a produção de cloroquina pelo laboratório ligado às Forças Armadas. O medicamento, sem eficácia comprovada contra a Covid-19, passou a ser produzido em maior escala.

O jornal apurou que Braga Netto, que comandou um comitê de crise quando estava na chefia da Casa Civil, entre outros oficiais, também devem ir a um incômodo “banco dos réus” da comissão no Senado.

A CPI deve começar a funcionar na próxima semana. Um acordo entre a maior parte dos participantes prevê que Omar Aziz (PSD-AM), seja o presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) seja o vice e Renan Calheiros (MDB-AL) atue como relator.

Forças Armadas

O ministro Braga Netto, que assumiu a pasta da Defesa há menos de um mês, ressaltou ainda o papel das Forças Armadas, que, segundo ele, sempre fortaleceram a democracia e garantiram a liberdade e estão “preparadas e prontas a servir aos interesses nacionais”.

“Como evidenciado em nossa rica história, as Forças Armadas estão sempre prontas a defender a pátria, fortalecer a democracia e garantir a liberdade do nosso povo”, disse.

“A sociedade, atenta a essas ações, tem a certeza que suas Forças Armadas estão preparadas e prontas a servir aos interesses nacionais. Neste período de intensa comoção e incertezas – que colocam à prova a maturidade, a independência e a harmonia das instituições democráticas brasileiras – o Exército, a Marinha e a Força Aérea mantêm o foco em suas missões constitucionais, permanecendo sempre atentas à conjuntura nacional.”

E continuou: “O braço forte e a mão amiga seguirá coeso, disciplinado, como sólido alicerce na conquista dos objetivos fundamentais previstos na Constituição Federal”.

Na segunda-feira (19/4), em cerimônia alusiva ao Dia do Exército, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que a instituição “nos dará realmente a sustentação, para que ninguém ouse ir além da nossa Constituição”.

Acompanhando a mudança no comando do Ministério da Defesa, o general Edson Leal Pujol foi substituído no Exército pelo general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. O novo comandante e o presidente Bolsonaro não discursaram no evento desta terça-feira.

Também estavam presentes na cerimônia os ministros das Relações Exteriores, Carlos França; da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas; da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos; e da Economia, Paulo Guedes, além do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB).

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Cerimônia de passagem do cargo de comandante do Exército.
Cerimônia de passagem do cargo de comandante do Exército.
O ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto.
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O ex-comandante do Exército Edson Leal Pujol.

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Cerimônia de passagem do cargo de comandante do Exército.

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O ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

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