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Braga Netto nega politização das Forças Armadas: “Ideia equivocada”

No Senado, ministro da Defesa também afirmou que os dados sobre percentual de militares no governo estão superestimados

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Jair Bolsonaro e Braga Netto
1 de 1 Jair Bolsonaro e Braga Netto - Foto: Igo Estrela/Metropoles

Em audiência no Senado Federal nesta quinta-feira (29/4), o ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, negou a politização das Forças Armadas e afirmou que os dados sobre o percentual de militares da ativa no governo federal estão superestimados.

Ao interpelar o ministro, a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) disse que observa uma tentativa de politização das Forças Armadas.

Em resposta, Braga Netto disse: “Não existe politização nas Forças Armadas, isso aí é uma ideia equivocada. Houve uma troca de ministros e, por uma questão funcional, houve a troca dos comandantes, por uma questão até de antiguidade”.

Logo em seguida, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) pontuou que vê uma politização das Forças Armadas quando militares que ocupam determinadas posições expressam opiniões em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, manifestam-se contra a esquerda e a imprensa, e expõem críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF).

“Volto a dizer: não existe politização das Forças Armadas. As Forças Armadas se pautam pelo que está previsto pela Constituição”, respondeu Braga Netto.

Braga Netto e os comandantes Paulo Sérgio Nogueira, do Exército; Almir Garnier Santos, da Marinha; e Carlos de Almeida Baptista Junior, da Aeronáutica, participam nesta quinta-feira (29/4) de audiência na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado.

Militarização no governo

Questionado sobre o grande número de militares da ativa com cargos no governo, o ministro disse que prefere enxergar “a diferença entre competente e incompetente”.

“Acho que os dados dos senhores estão equivocados com relação à percentagem de militares da ativa no governo. Não é isso, não existe isso. Estão contando outras funções de militares”, afirmou. “E, pelo que me consta, a Constituição, o regramento jurídico, não vê diferença entre militar e civil. Eu, por mim, eu vejo a diferença entre competente e incompetente, tá?”, prosseguiu.

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Ministro da Defesa, general Walter Souza Braga Netto
Comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira; da Marinha, almirante de esquadra Almir Garnier Santos; e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Júnior
Comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira; da Marinha, almirante de esquadra Almir Garnier Santos; e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Júnior
Comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira; da Marinha, almirante de esquadra Almir Garnier Santos; e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Júnior
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“Meu Exército”

Instado pelo senador da Rede a comentar declarações do presidente da República, que falou que “seu Exército” não cumpriria o lockdown determinado por governadores e prefeitos, Braga Netto ressaltou:

“Eu não comento declarações, nem que seja do presidente, nem que seja do Rêgo Barros [ex-porta-voz do governo]. Mas eu posso colocar uma posição minha: quando nós falamos ‘o meu Exército’, não é só o meu, é o meu, é o seu, é o nosso Exército. Não é só o Exército, são as Forças Armadas. As Forças Armadas são de todos os brasileiros. Então, eu acredito que, quando o presidente fala, – mas é uma suposição – ele está se referindo a isso, como qualquer brasileiro deve se referir”, afirmou o ministro.

Em março, Bolsonaro disse a apoiadores: “Jamais adotaria o lockdown no Brasil. E digo mais, o meu Exército não vai pra rua pra cumprir decreto de governadores. Se o povo começar a sair, entrar na desobediência civil e começar a sair de casa, não adianta pedir pro meu Exército. Não vai, nem por ordem do papa”.

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