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Braga Netto: “Não existe leito ocioso em hospitais das Forças Armadas”

Ministro da Defesa disse no Senado que leitos de UTI passam por rodízio e alegou que o índice de contaminação entre militares é maior

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Novo ministro da Defesa, general Walter Souza Braga Netto
1 de 1 Novo ministro da Defesa, general Walter Souza Braga Netto - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Questionado por senadores sobre a disponibilidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, negou ociosidade dos leitos em hospitais das Forças Armadas e afirmou que o índice de contaminação por Covid-19 entre militares é maior.

“Na realidade, o índice de contaminação dentro da família militar é maior, bem maior do que a da população em geral. O nosso índice de contaminação é maior quando se conta a família militar como um todo, porque a faixa etária da família militar é maior”, alegou.

Segundo ele, o que existem são leitos em rodízio. “O fato é: não existe hoje leito ocioso nos nossos hospitais. Nossos hospitais estão completos. O leito que está vago é exatamente o do rodízio de quem está na UTI e sai para entrar um pior.”

No início de abril, a Folha de S.Paulo noticiou que os hospitais das Forças Armadas reservam vagas para militares e deixam até 85% de leitos ociosos sem atender civis.

Politização das Forças Armadas

Em resposta à senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), que criticou a mistura de políticas de governo com políticas de Estado e disse haver tentativa de politização das Forças Armadas, Braga Netto disse que há uma ideia equivocada.

“Não existe politização nas Forças Armadas, isso aí é uma ideia equivocada. Houve uma troca de ministros e, por uma questão funcional, houve a troca dos comandantes, por uma questão até de antiguidade”, explicou o ministro.

Braga Netto e os comandantes do Exército, Paulo Sérgio Nogueira; da Marinha, Almir Garnier Santos; e da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, participam nesta quinta-feira (29/4) de audiência na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado.

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Ministro da Defesa, general Walter Souza Braga Netto
Comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira; da Marinha, almirante de esquadra Almir Garnier Santos; e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Júnior
Comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira; da Marinha, almirante de esquadra Almir Garnier Santos; e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Júnior
Comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira; da Marinha, almirante de esquadra Almir Garnier Santos; e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Júnior
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Falta de recursos

O ministro voltou a fazer menção à falta de recursos destinados à Defesa. Em sua apresentação inicial, ele afirmou que o mais desafio da pasta é a falta de recursos.

“Com relação a gastos, o nosso orçamento, em virtude do teto de gastos, diminuiu. Não houve um aumento de gastos com defesa no governo. Houve até uma redução em virtude da política econômica que existe desde 2016”, disse, em referência à emenda constitucional que estipulou um teto para os gastos públicos.

De acordo com Braga Netto, o problema atinge a participação dos militares brasileiros em missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), que fica limitada por essa carência orçamentária.

“Nós estamos prontos para missões de paz. O problema é o mesmo, o problema é orçamentário.” Segundo ele, A ONU está inspecionando unidades. Estamos fazendo apply para nível de tropa que fica pronta para ser acionada. Agora, o problema é o recurso para a tropa ser acionada”.

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