Braço direito de Ernesto Araújo é indicado para assumir vaga na OEA
Atual secretário-geral do Itamaraty, Otávio Brandelli ainda precisa ser sabatinado no Senado e terá nome analisado pelo plenário da Casa
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) indicou nesta sexta-feira (16/4) o atual secretário-geral das Relações Exteriores, Otávio Brandelli, para exercer o cargo de representante permanente do Brasil junto à Organização dos Estados Americanos (OEA), cuja sede fica em Washington, capital dos Estados Unidos.
O despacho, publicado no Diário Oficial da União (DOU), encaminha o nome de Brandelli para apreciação do Senado Federal.
O atual número dois do Itamaraty, que era braço direito do ex-ministro da pasta Ernesto Araújo, deverá ser sabatinado pela Comissão de Relações Exteriores (CRE), hoje presidida pela senadora Kátia Abreu (PP-TO). Depois, terá de ser aprovado pelos senadores durante votação em plenário.
Antes de assumir a secretaria-geral do Itamaraty, Brandelli era diretor do Departamento do Mercosul. Se aprovado pelo Senado, ele será o terceiro a assumir um cargo em Washington apenas no último ano, após mudanças que diminuíram a influência da chamada ala ideológica do governo federal.
Até o momento, o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub e o irmão, Arthur Weintraub, que era assessor especial da Presidência da República, ganharam cargo no país norte-americano, respectivamente, na diretoria-executiva do Banco Mundial e um cargo de confiança na OEA.
Apesar de ter feito parte da gestão do chanceler Araújo, Brandelli é visto como um perfil moderado dentro do Itamaraty.
Para o lugar de Brandelli, o governo deve indicar o embaixador Fernando Simas, cuja nomeação ainda não foi oficializada. A secretaria-geral do Itamaraty é o posto administrativo mais alto da carreira de um diplomata.
Nos bastidores, a indicação de Simas é vista como uma retomada do respeito à pasta no âmbito da hierarquia e da experiência.