Jataí (GO) e Brasília – Durante visita às obras de uma ponte sobre o Rio Claro e do Anel Viário de Jataí, Goiás, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a falar sobre o voto auditável, pauta que já foi tramitada e descartada durante a atual legislatura. Durante um discurso, ele agradeceu as bandeiras verde e amarelas no local e disse que, com o povo, iria fazer mais pela liberdade do país.
“Eleições limpas, democráticas e auditáveis são a garantia da nossa democracia”, disse Bolsonaro.
Depois de ser reiterada e sugerida por membros do governo, a Câmara dos Deputados rejeitou, em agosto do ano passado, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabeleceria a adoção do voto impresso ou auditável. Na ocasião, incorformado, Bolsonaro alegou que parte dos parlamentares que votaram contra o texto foi chantageada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso.
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Desde eleito, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem travado grandes embates com a Justiça Eleitoral. Ele é, juntamente com aliados, uma das principais vozes no questionamento do processo brasileiro
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A troca de farpas preocupa. Em tentativa de minimizar os conflitos, o ministro Luiz Fux, inclusive, tentou realizar reunião entre os três Poderes. Contudo, logo voltou atrás e cancelou o encontro declarando que o presidente da República insiste em atacar integrantes do STF e colocar sob suspeição o processo eleitoral brasileiro
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A declaração de Fux foi feita após Bolsonaro voltar a ameaçar a realização das eleições de 2022
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“É uma resposta de um imbecil. Lamento falar isso para uma autoridade do STF. O que está em jogo é o nosso futuro e a nossa vida, não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude”, disse o presidente
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“Não tenho medo de eleições. Entrego a faixa para quem ganhar no voto auditável e confiável. Dessa forma, corremos o risco de não termos eleições no ano que vem”, declarou
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Durante as lives semanais, o assunto é recorrente. Bolsonaro prometeu que apresentaria, em uma delas, prova de fraudes eleitorais que supostamente ocorreram em 2014. No entanto, acabou alegando que “não tem como comprovar que as eleições foram fraudadas” e, mesmo assim, prosseguiu atacando o sistema eleitoral
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Em resposta, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, por unanimidade, portaria da Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral para a instauração de um inquérito administrativo contra Bolsonaro. Além disso, pediram ainda que o incluíssem em outro inquérito, o das fake news
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Bolsonaro, por sua vez, criticou o inquérito e ameaçou o STF. “O meu jogo é dentro das quatro linhas, mas se sair das quatro linhas, sou obrigado a sair das quatro linhas. O Moraes, ele investiga, ele pune e ele prende. Se eu perder as eleições vou recorrer ao próprio TSE? Não tem cabimento”, afirmou em entrevista ao canal da Jovem Pan
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Após a declaração de Bolsonaro, Alexandre de Moraes postou no twitter que “ameaças vazias e agressões covardes não afastarão o STF de exercer sua missão constitucional de defesa e manutenção da democracia e do Estado de direito”
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Jair Bolsonaro reclamou da retirada de veículos blindados
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Como consequência da ação, o TSE enviou ao STF uma notícia-crime contra o presidente
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Recentemente, o conflito entre Jair e o TSE ganhou novos capítulos. Isso porque Bolsonaro passou a estimular um clima de disputa entre o TSE e as Forças Armadas
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Durante lives semanais, o chefe do Executivo federal acusou o TSE de “carimbar como confidenciais” sugestões dos militares para aprimorar a segurança das urnas eletrônicas e voltou a colocar em dúvida a segurança do sistema de contagem dos votos
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Se direcionando à porcentagem da população goiana que atua no segmento agro, o presidente também voltou a falar sobre armas de fogo. O mandatário afirmou que as “armas de fogo nas mãos de um cidadão de bem” é sinônimo de “defesa da pátria”, o que é, na verdade, atribuição das forças policiais e militares.
“Uma coisa muito importante para o povo que quer viver em paz e em alegria: povo armado jamais será escravizado! A arma de fogo nas mãos do cidadão de bem, mais que defender a sua família, ele passa a defender sua pátria”, argumentou o chefe do Executivo.
“Somos um povo livre e tudo faremos para que esse povo continue livre, apesar da tentativa de alguns de tentar mudar nosso regime. O nosso regime é o democrátrico. Amamos a liberdade acima de tudo”, continuou Bolsonaro.
Antes de participar da cerimônia de aniversário da cidade de Jataí, Bolsonaro se reuniu a apoiadores para uma motociata pelo centro da cidade. Ele não utilizou capacete.
Do Goias, o presidente da República retorna à Brasília e segue para o estado da Bahia no início da tarde desta terça-feira, onde participará do “Bahia Farm Show.