Bolsonaro volta a defender tratamento precoce contra Covid-19
A declaração do presidente foi feita um dia após a Associação Médica Brasileira divulgar um boletim em que desaconselha uso desses remédios
atualizado
Compartilhar notícia
Em reunião com os integrantes dos poderes Legislativo e Judiciário, governadores e ministros, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender o tratamento precoce contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. A medida, contudo, não tem eficácia científica comprovada.
“A intenção é de nos dedicarmos cada vez mais à vacinação em massa. Tratamos também da possibilidade de tratamento precoce”, afirmou Bolsonaro nesta quarta-feira (24/3).
O presidente ainda ressaltou: “Cada vez mais nos preocupamos em dar tratamento adequado. Não temos ainda remédio, mas nossa união, nosso esforço entre os Três Poderes da República. Creio que este seja o caminho para brasil sair dessa situação complicada”, concluiu.
A declaração de Bolsonaro ocorre um dia após a Associação Médica Brasileira (AMB) divulgar um boletim em que desaconselha o uso de remédios sem eficácia contra a Covid-19.
“Reafirmamos que, infelizmente, medicações como hidroxicloroquina, cloroquina, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina e colchicina, entre outras drogas, não possuem eficácia científica comprovada de benefício no tratamento ou prevenção da Covid-19, quer seja na prevenção, na fase inicial ou nas fases avançadas dessa doença, sendo que, portanto, a utilização desses fármacos deve ser banida”, diz o texto.
O posicionamento é oposto a um anterior, de julho do ano passado, quando a entidade defendeu a “autonomia do médico” ao receitar os medicamentos.
No documento, a entidade cita 13 pontos para enfrentamento da pandemia. Entre eles, estão a necessidade de acelerar a vacinação, manter o isolamento social, o uso de máscaras e, também, a necessidade de ação das autoridades para solucionar a falta de medicamentos no atendimento de pacientes internados.
O Brasil tem mais de 12,1 milhões de casos confirmados e 298 mil pessoas morreram vítimas do novo coronavírus. O Ministério da Saúde já aplicou 15,2 milhões de doses da vacina.