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Bolsonaro volta a criticar G7 e ajuda oferecida: “Qual o custo?”

O presidente disse que os europeus tratam o Brasil como “semi-colônia” e que aceitar a quantia seria admitir descontrole da situação

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Daniel Beltrá/Greenpeace/Arquivo
Amazônia-em-chamas
1 de 1 Amazônia-em-chamas - Foto: Daniel Beltrá/Greenpeace/Arquivo

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a criticar o dinheiro oferecido pelo G7, grupo formado pelas maiores economias do mundo, para ajudar a reflorestar a Amazônia, após intensas queimadas nas últimas semanas. Segundo o chefe do Executivo federal, aceitar a quantia é assumir que “não consegue lidar” com os problemas ambientais do Brasil.

“Esses 20 milhões de euros do G7, qual o custo? Se eu aceito, é como dizer que não consigo lidar com a Amazônia. O interesse deles não é ecológico, nos tratam ainda como uma semi-colônia”, insistiu o presidente.

“O Sínodo da Amazônia é outra coisa nesse sentido, de internacionalização da Amazônia. Por isso estamos preocupados, estamos com nossa inteligência acompanhando”, comentou. O depoimento foi dado durante almoço com jornalistas, no bloco administrativo do Quartel General do Exército, em Brasília, neste sábado (31/08/2019).

O Sínodo é visto como uma resposta do Papa Francisco às queimadas na Amazônia. Um grupo de 60 bispos se reunirá em outubro, em Roma, na Itália, para debater o tema, entre outros pontos. Provocado pelos jornalistas se ele considera que o papa é de esquerda, Bolsonaro saiu pela tangente: “Não quero me enrolar com os católicos, vou dizer só que acho que ele é argentino”.

Terra de ninguém
O motivo da recusa do dinheiro do G7 seria o desentendimento com o presidente francês, Emmanuel Macron, e outros líderes europeus, que culparam Bolsonaro pelas queimadas na região. Em resposta aos comentários contra seu mandato, o chefe do Executivo federal disse que Macron trata o Brasil como “terra de ninguém” e que  “disfarça” as suas intenções em relação à Amazônia.

Além disso, segundo Bolsonaro, o francês é responsável por alardear a situação na floresta pelo fato de ser “de esquerda”.

O Palácio do Planalto informou na última segunda-feira (26/08/2019) que rejeitaria a ajuda de 20 milhões de euros prometida pelo G7. Na terça-feira (27/08/2019), no entanto, o porta-voz do governo, Otávio Rêgo Barros, disse que o Planalto ainda avalia a proposta e, caso identifique que há possibilidade de aplicação do recurso com autonomia para o combate aos incêndios na Amazônia, poderá aceitá-lo.

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