metropoles.com

Bolsonaro volta a criticar CPI da Covid: “Palhaçada” e “idiotice”

Em tom elevado, durante transmissão ao vivo nas redes sociais, presidente afirmou que colegiado “não serve para nada”

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
Bolsonaro na live de quinta
1 de 1 Bolsonaro na live de quinta - Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar a CPI da Covid, nesta quinta-feira (1º/7), dizendo que a comissão que investiga ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia é uma “palhaçada” e uma “idiotice”.

Em tom elevado, o mandatário do país afirmou que o colegiado “não serve para nada”. Ele não comentou as denúncias de irregularidades em negociações de compra de vacinas. “Que corrupção é essa? Não pagamos um real por nada. Não recebemos uma ampola”, reclamou.

“É coisa séria CPI. Saudades do meu tempo lá de trás, na época que eu era deputado federal, quando a CPI funcionava para valer. É uma palhaçada aí. Uma idiotice essa CPI. Não serve para nada, só fofoca. Tentando desgastar o governo a todo momento. O que vocês ganham com isso?”, declarou o presidente.

O governo federal está no centro das atenções da CPI. Nesta semana, o representante da empresa de vacinas Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, afirmou ter recebido pedido de propina de US$ 1 por dose, em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde. A informação foi revelada pelo jornal Folha de S.Paulo.

O pedido teria partido de Roberto Ferreira Dias, então diretor de Logística do Ministério da Saúde, durante um jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, localizado na região central de Brasília, em 25 de fevereiro.

Roberto Dias foi indicado ao cargo pelo líder do governo de Jair Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). A nomeação do servidor ocorreu em 8 de janeiro de 2019, na gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta. Após as denúncias, Dias foi exonerado do cargo.

Além disso, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão, Luis Ricardo Miranda, que coordena a área de importação de insumos no Ministério da Saúde, depuseram à CPI da Covid na última semana.

Líder denunciado

Na ocasião, o deputado afirmou que o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), foi mencionado pelo presidente Jair Bolsonaro como possível envolvido em esquema de corrupção, ao ouvir denúncia sobre os supostos problemas no contrato da vacina Covaxin. Barros nega envolvimento.

Segundo um levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério da Saúde levou 97 dias para fechar o contrato, enquanto demorou 330 dias para ter um acordo com a Pfizer.

De acordo com documentos do TCU, a Covaxin foi uma das mais caras negociadas pelo governo federal, custando US$ 15 a unidade. O valor é quatro vezes maior que o da vacina da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a AstraZeneca, por exemplo.

O contrato entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos para compra da Covaxin foi o único acordo do governo que teve um intermediário sem vínculo com a indústria de vacinas – o que foge do padrão das negociações e dos contratos de outros imunizantes.

O Ministério da Saúde firmou um acordo de R$ 1,6 bilhão para a compra de 20 milhões de doses. O valor ainda não foi pago, mas está empenhado (reservado para desembolso e não pode ser usado em outro pagamento), e as doses não foram importadas para o Brasil.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?