Bolsonaro volta a criticar adversários: “Não vão me tirar”
Presidente disse que quem apoia o plano de socorro financeiro aos estados, aprovado nesta semana na Câmara, quer tumultuar a Presidência
atualizado
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A apoiadores que o esperavam na grade do Palácio do Planalto neste sábado (18/04), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a atacar adversários, e disse que “políticos” que apoiam medidas de isolamento contra o novo coronavírus e oferecem ajuda financeira a estados têm o objetivo de “abalar a Presidência”.
“O Brasil está mergulhando no caos. Quero crer que não seja uma vontade desses políticos, que não vou nominar aqui, que querem abalar a Presidência”, alfinetou. “Não vão me tirar daqui”, completou.
Embora Bolsonaro não tenha citado nominalmente o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), apoiadores começaram a gritar “Fora, Maia”.
Desde que demitiu Luiz Henrique Mandetta na última quinta-feira (16/04) do Ministério da Saúde, Bolsonaro vem atacando Maia, sugerindo que a intenção do democrata é tirá-lo do governo. Em entrevista após a mudança na pasta, ele acusou o deputado de “assumir o papel do Executivo” e de “jogar governadores contra ele”.
Nesta semana, os embates entre os dois ganharam mais um capítulo depois que o presidente da Câmara articulou a aprovação do chamado “Plano Mansueto Light”, que prevê auxílio de R$ 89 bilhões a estados e ao Distrito Federal.
O plano, aliás, foi novamente criticado por Bolsonaro neste sábado. “A Câmara aprovou dizendo que eu tenho obrigação de recompor ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e ISS (Imposto sobre Serviços). Não tem dinheiro para tudo isso. Vão ficar querendo que o contribuinte pague essa conta até quando?”, questionou.
Também neste sábado, ao ser questionado por repórteres sobre sua relação com Maia, ele retrucou: “Que relação? Eu sou casado com a Michele”.