Bolsonaro volta a Brasília com tapete vermelho e segurança reforçada
Políticos aliados e os que tentam se aproximar do presidente eleito farão uma cerimônia de beija-mão em sessão no Congresso Nacional
atualizado
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Jair Bolsonaro (PSL) desembarca em Brasília nesta terça-feira (6/11) com toda a pompa de presidente eleito. Com segurança reforçada e tapete vermelho, a primeira grande agenda do futuro chefe do Executivo federal na capital da República é uma sessão solene em comemoração aos 30 anos da Constituição.
Por volta das 5h30 desta terça-feira (6/11), o presidente eleito deixou a residência, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, rumo à Base Aérea do Galeão. No trajeto, um dos batedores se acidentou. A expectativa é de que o avião com a comitiva de Bolsonaro decolasse por volta das 7h.
Apesar dos convidados ilustres, Bolsonaro certamente será o mais cortejado. Políticos aliados e os que tentam se aproximar dele farão uma sessão de beija-mão do presidente eleito. Um extenso tapete vermelho foi instalado nos salões Verde (Câmara) e Azul (Senado). O cerimonial, com ares de posse presidencial, já está preparado pelas equipes técnicas do Congresso Nacional.
Um forte esquema de segurança foi montado pela Polícia Legislativa. O nível de proteção ao futuro presidente é tão alto que jornalistas não poderão acompanhar a sessão no plenário.
O veto à imprensa destoa da postura adotada pelo Congresso em grandes eventos, como a própria posse de outros presidentes e votações importantes. Na história recente, jornalistas puderam, por exemplo, acompanhar as votações do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e as das denúncias contra o presidente Michel Temer.
Jair Bolsonaro, no entanto, pode quebrar protocolos. A expectativa é o presidente eleito ir ao seu gabinete parlamentar e conversar com servidores que o auxiliam nas atividades como deputado federal. O escritório do militar fica no Anexo 3 da Câmara.
Em transição
A viagem de Bolsonaro marca o início da transição de governos. Nesta quarta-feira (7/11), às 16h, ele terá a primeira reunião particular com o presidente Michel Temer. Vinte e sete nomes que vão trabalhar no governo de transição foram divulgados nesta segunda (5) em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). São 22 indicados pelo presidente eleito e outros cinco pela atual gestão, do presidente Michel Temer.
A lista conta com nomes anunciados anteriormente, entre eles o general da reserva Augusto Heleno e o tenente-coronel da reserva das Forças Armadas e astronauta Marcos Pontes, e o economista Paulo Guedes.
Os atuais presidente e vice-presidente do PSL estão na lista: Gustavo Bebianno e Gulliem Lemos – ou Julian Lemos, eleito deputado federal pelo PSL-PB.
A sessão
O evento faz parte de uma série de ações promovidas ao longo deste ano para recordar o trigésimo aniversário da Constituição. Promulgada em 5 de outubro de 1988, a Carta Magna tornou-se símbolo do processo de redemocratização nacional.
Ela foi discutida e votada de fevereiro de 1987 a setembro de 1988, por 559 parlamentares constituintes (72 senadores e 487 deputados federais), com a participação intensa da sociedade. A Carta estabeleceu diversas garantias e direitos considerados fundamentais.