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Bolsonaro volta a atacar ex-ministro Sergio Moro: “Só fazia intrigas”

Presidente criticou o ex-auxiliar em cerimônia alusiva ao Dia Internacional de Combate à Corrupção: “Nunca mostrou serviço”

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Na imagem colorida, dois homens estão centralizados. Eles usam terno e gravada escuro, possuem cabelo curto e ambos são brancos
1 de 1 Na imagem colorida, dois homens estão centralizados. Eles usam terno e gravada escuro, possuem cabelo curto e ambos são brancos - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em evento no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (9/12), relativo ao Dia Internacional de Combate à Corrupção, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a disparar críticas a seu ex-ministro Sergio Moro, que chefiou a pasta da Justiça e Segurança Públicaentre janeiro de 2019 e abril de 2020.

“A Polícia Federal faz o seu trabalho, a PRF [Polícia Rodoviária Federal] nunca teve tanta produtividade depois que nós chegamos. Em especial aquele outro cara, que não fazia operação no estado que interessava para ele. Mesmo com toda a liberdade, nunca mostrou serviço, a não ser também desde o começo do mandato fazer intrigas”, disse o chefe do Executivo, sem mencionar Moro diretamente.

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A união dos dois se deu pela forte oposição ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Presidente Jair Bolsonaro e o então ministro Sergio Moro
Outrora aliados, Bolsonaro e Moro trocam críticas públicas frequentemente
No fim de agosto de 2019, Bolsonaro ameaçou tirar Maurício Valeixo, chefe da Polícia Federal indicado por Moro, do cargo de direção da corporação
“Ele é subordinado a mim, não ao ministro, deixar bem claro isso aí”, afirmou, na época, o presidente
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Após 22 anos de magistratura, o ex-juiz Sergio Moro, conhecido por conduzir a Lava Jato, firmou aliança com Bolsonaro e assumiu a condução do Ministério da Justiça, em 2019

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A união dos dois se deu pela forte oposição ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

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Presidente Jair Bolsonaro e o então ministro Sergio Moro

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Outrora aliados, Bolsonaro e Moro trocam críticas públicas frequentemente

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No fim de agosto de 2019, Bolsonaro ameaçou tirar Maurício Valeixo, chefe da Polícia Federal indicado por Moro, do cargo de direção da corporação

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“Ele é subordinado a mim, não ao ministro, deixar bem claro isso aí”, afirmou, na época, o presidente

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Em 24 de abril de 2020, Bolsonaro exonerou Valeixo do comando da PF e Moro foi surpreendido com a decisão

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Sergio Moro critica o presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma entrevista ao Estadão

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Para o senador, Moro não representa um adversário forte por não integrar o cenário político e não possuir o "exército de seguidores" de Bolsonaro

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Em novembro, o ex-juiz retorna ao Brasil e se filia ao partido Podemos. Pela sigla, lançou-se pré-candidato à Presidência da República

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A relação, antes amigável, torna-se insustentável. Em entrevistas e nas redes sociais, Moro e Bolsonaro protagonizam trocas de farpas

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No discurso, Bolsonaro afirmou ainda ter questionado o então ministro da Justiça sobre inquérito da Polícia Federal (PF) contra um parlamentar e inquirido por que outros deputados, em situação semelhante também não eram investigados.

Em 2019, a PF abriu um inquérito contra Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), então ministro do Turismo, e pivô do “laranjal do PSL”, revelado pelo jornal Folha de S.Paulo. Na quarta-feira (9/12), Bolsonaro já havia dito que as investigações eram “direcionadas” e “selecionadas” por Moro.

Sobre o rompimento com Moro, Bolsonaro recorreu a uma analogia com o casamento: “Às vezes as pessoas não são o que a gente toma conhecimento pela mídia. É igual um casamento, a gente vai se conhecer em profundidade depois que começa a dormir junto, pra valer”.

Alvo de artilharia

A demissão do ex-ministro foi motivada pela exoneração de Maurício Valeixo, então diretor-geral da PF. Valeixo era homem de confiança de Moro e chegou à direção da PF indicado pelo próprio ex-juiz. Quando o presidente pediu a troca no comando da corporação, o então ministro tentou intervir, mas, sem sucesso, acabou pedindo demissão. Saiu atirando contra Bolsonaro.

Antes de deixar o primeiro-escalão de Bolsonaro, no entanto, Sergio Moro era chamado pelo presidente de herói nacional, “símbolo de coragem e patriotismo” e do combate à corrupção.

Em novembro deste ano, quando Sergio Moro estava prestes a se filiar ao Podemos para disputar as eleições presidenciais de 2022, Bolsonaro disse que o ex-ministro “sempre teve um propósito político” para além do cargo no primeiro escalão do governo. Desde então, o ex-juiz da Lava Jato tem sido alvo da artilharia do presidente.

Sergio Moro se filiou ao Podemos em novembro deste ano, a pouco menos de um ano das eleições de 2022. O ex-juiz não anunciou oficialmente a qual cargo pretende concorrer no pleito, mas o evento de filiação o definiu como “o futuro presidente da República”.

Recentemente, Bolsonaro disse que Moro não aguentaria 10 segundos de debate e debochou de propostas do pré-candidato.

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