Bolsonaro volta a atacar Barroso e Moraes: “Quem pensam que são?”
Presidente questionou decisões tomadas pelos dois ministros no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez, nesta quarta-feira (12/1), novas críticas aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes (foto em destaque) por decisões tomadas no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Barroso é o atual presidente da Corte eleitoral, enquanto Moraes vai chefiar o órgão nas eleições de 2022.
“Quem é que esses dois pensam que são? Quem eles pensam que são? Que vão tomar medidas drásticas como essas, ameaçando, cassando nossas liberdades democráticas e liberdade de expressão, porque não eles querem assim, porque eles têm um candidato. Os dois, nós sabemos, são defensores do Lula, pô. Querem o Lula presidente”, afirmou Bolsonaro em entrevista concedida na manhã desta quarta à Gazeta Brasil.
Bolsonaro criticou Barroso devido ao pronunciamento do magistrado sobre o surgimento de milícias no meio virtual e “terroristas verbais” que atacam a democracia. “De terrorismo ele entende, ele defendeu o terrorista Cesare Battisti”, rebateu Bolsonaro, em alusão ao italiano extraditado pelo Brasil em 2018, após acusação de terrorismo.
Na sequência, Bolsonaro negou ter cometido crimes digitais. “Qual o crime eu cometi, senhor Luís Roberto Barroso? Que crime eu cometi? Quais as fake news que eu pratiquei? Falam que tem um gabinete do ódio. Me apresente uma matéria que seria do gabinete do ódio”, pediu.
Sobre Moraes, Bolsonaro reclamou de declarações dele sobre a propagação de fake news e o disparo de mensagens em massa nas eleições de 2018 por ocasião do julgamento da chapa Bolsonaro-Mourão. Ele também criticou a cassação do deputado estadual Fernando Francischini (PSL-PR) por fake news. “Isso é jogar fora das quatro linhas”, considerou.
Em 2021, Bolsonaro subiu o tom nas críticas a ministros do STF, o que levou a uma escalada na crise institucional em atos antidemocráticos de 7 de setembro. “A minha crítica não é ao Supremo Tribunal Federal. Eu critico pontualmente as pessoas”, disse o mandatário nesta quarta-feira.