Bolsonaro volta a associar PT ao PCC após TSE negar pedido de Lula
Corte eleitoral rejeitou solicitação do petista para que o presidente apagasse tuítes em que relaciona a sigla à organização criminosa
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou, nesta quarta-feira (28/8), a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que negou a retirada de publicações do mandatário em alusão a suposta associação entre o governo do PT e a facção Primeiro Comando da Capital (PCC).
Nas redes sociais, o presidente escreveu que o crime organizado, ao reclamar de seu governo, “demonstra enxergar o PT como aliado”.
– É simples: não sou eu, mas o próprio crime organizado que demonstra enxergar o PT como aliado ao reclamar do meu governo, que tem quebrado recordes de apreensão de drogas e prejuízos às facções, e admitir ter saudades dos diálogos cabulosos com os petistas. Resolvam com o PCC! pic.twitter.com/SqG1YyG72l
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) August 24, 2022
O material divulgado pelo atual chefe do Executivo federal reproduz uma reportagem da Record TV que mostra ligação interceptada pela Polícia Federal. Na gravação, um líder do PCC diz que o governo do PT tinha um “diálogo cabuloso” com a facção criminosa.
Em determinação no último sábado (20/8), a ministra Maria Claudia Bucchianeri entendeu que, apesar da narrativa desfavorável, o conteúdo das postagens do atual mandatário do país não configura divulgação de fake news, por se tratar de material jornalístico que não foi retirado de contexto ou adulterado.
A magistrada declarou que o mandatário “não fez qualquer juízo de valor sobre a gravação. No entanto, sustenta que esse áudio foi efetivamente objeto de reportagens jornalísticas recentes e ano passado, sendo que jamais foram desmentidas”.
PT recorreu
A equipe do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) protocolou, no último domingo (21/8), um recurso contra a decisão da Corte eleitoral.