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Bolsonaro veta garantia de internet à rede pública de ensino

Ao vetar integralmente texto aprovado pelo Congresso, presidente justificou que “a medida dificulta o cumprimento da meta fiscal”

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Escola sem internet
1 de 1 Escola sem internet - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou integralmente o projeto de lei que garantia acesso gratuito à internet por alunos e professores da rede pública de ensino. O projeto também iria beneficiar estudantes de escolas em comunidades quilombolas e indígenas.

A Câmara aprovou a matéria em dezembro de 2020 e o Senado enviou à sanção presidencial em fevereiro.

O texto previa repasse de R$ 3,5 bilhões pela União aos estados e ao Distrito Federal para que os gestores locais adotassem as medidas necessárias. Os valores incluiriam a compra de planos de internet móvel e de tablets para professores e alunos.

Segundo o projeto, as operadoras de telefonia móvel deveriam oferecer aos alunos, de instituições oficiais de educação básica, a gratuidade do tráfego de dados utilizado para a realização e o acompanhamento de atividades escolares remotas.

Ouvidos os ministérios da Economia e da Educação, o governo alegou que a matéria viola a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e dificulta o cumprimento da Regra de Ouro, norma prevista no texto constitucional que proíbe o governo de fazer dívidas para pagar despesas correntes.

“Embora se reconheça a boa intenção do legislador, a medida encontra óbice jurídico por não apresentar a estimativa do respectivo impacto orçamentário e financeiro”, justificou o governo nas razões para o veto.

“Além disso, a proposição aumenta a alta rigidez do orçamento, o que dificulta o cumprimento da meta fiscal e da Regra de Ouro.”

O governo também pontuou que “está empregando esforços para aprimorar e ampliar programas específicos para atender a demanda da sociedade por meio da contratação de serviços de acesso à internet em banda larga nas escolas públicas de educação básica”.

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Rio Branco (Acre), 06/11/2017 - Escolas com a pior nota do Enem. Sala de aula do colégio Augusto Monteiro, que teve a pior avaliação em 2014. A edificação é de madeira, as salas têm um ventilador, as cadeiras são envelhecidas. Os alunos assistem às aulas de sandália. Não há internet
Rio Branco (Acre), 06/11/2017 - Escolas com a pior nota do Enem. Sala de aula do colégio Augusto Monteiro, que teve a pior avaliação em 2014. A edificação é de madeira, as salas têm um ventilador, as cadeiras são envelhecidas. Os alunos assistem às aulas de sandália. Não há internet
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A palavra final sobre o texto cabe ao Congresso Nacional, que pode derrubar vetos presidenciais em sessão conjunta. Para que um veto seja rejeitado, são necessários 257 votos de deputados e 41 de senadores.

O veto integral foi publicado na edição do Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (19/3).

Veja a íntegra:

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