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Bolsonaro vai à Ásia para mostrar “novo Brasil” de reformas

Um dos principais objetivos da viagem à China e ao Japão é fortalecer as relações de comércio e tentar atrair investimentos para o país

atualizado

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Carolina Antunes/PR
07/10/2019 Reunião com Ministro da Defesa, Fernando Azevedo
1 de 1 07/10/2019 Reunião com Ministro da Defesa, Fernando Azevedo - Foto: Carolina Antunes/PR

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), vai à Ásia no fim deste mês e se dividirá entre compromissos oficiais no Japão e na China. A viagem servirá, basicamente, para mostrar como é o “novo Brasil” das reformas, além de reforçar as relações de comércio, avançar em acordos internacionais entre o Mercosul e países asiáticos e abrir o canal para investimentos para o agronegócio e para as áreas de ciência, tecnologia e energia.

“Já tem negociações com Singapura e a Coreia e esperamos que sejam concluídas no ano que vem. Não sei se neste ano ainda é possível, acho que não. Existe a possibilidade de ampliar acordo com a Índia, que já existe, mas é restrito. E haverá uma reunião até o fim do ano com representantes do Vietnã e da Indonésia”, informou o Secretário de Negociações Bilaterais na Ásia, Pacífico e Rússia, o embaixador Reinaldo José de Almeida Salgado.

Acompanhado dos ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Tereza Cristina (Agricultura), e Bento Albuquerque (Minas e Energia), o mandatário do Planalto chegará ao Japão no próximo dia 22, onde ficará até 24. Ele comparecerá na cerimônia de entronização com o novo imperador, Nahurito, e se reunirá com autoridades japonesas.

Há ainda a possibilidade de se encontrar com a comunidade brasileira que vive no Japão, informou Salgado. “Em 2020, serão 30 anos de imigração da comunidade brasileira no Japão. É o terceiro maior volume, com 200 mil brasileiros, atrás apenas dos Estados Unidos e do Paraguai”, justificou.

Segundo Salgado, apesar das boas relações diplomáticas com o Japão, o Brasil ainda tem interesse em aprimorar o diálogo de livre comércio com o país. “O governo brasileiro tem feito esforço de pensar em um lançamento de um diálogo mais estruturado de livre comércio. Se a gente não correr atrás, tende a declinar [essa relação]”, complementou.

Segunda parada: China
No dia 24, Bolsonaro chega a Pequim, em um encontro bilateral com o presidente chinês, Xi Jinping, e autoridades chinesas para reforçar as áreas prioritárias do governo, informou o embaixador.

“São três áreas principais: exportações de produtos nacionais, atração para investimentos, entre elas mostrar o trabalho no Brasil nas PPPs (parcerias público-privada) e na parte empresarial e também melhorar o aproveitamento da ciência, tecnologia e informação”, acrescentou.

Salgado esclareceu ainda que a visita terá também uma parte de comemoração, pois são celebrados 45 anos de estabelecimento das relações diplomáticas com a China.

“Parte da visita é uma celebração. O presidente chinês ainda virá ao Brasil 20 dias depois [do encontro], para reunião da cúpula dos Brics [coordenação entre Brasil, Rússia, Índia e China]”.

Já no dia 25, Bolssonaro participará de um grande evento empresarial, “que tem a ver com as prioridades brasileiras” e terá a participação dos ministros que acompanharão o presidente na comitiva. Onyx, Tereza Cristina e Ernesto Araújo ministrarão debates e mesas-redondas no evento para mostrar o “novo Brasil”. “A expectativa é mostrar um país aberto e atrativo para investimentos”, disse Salgado, após ressaltar as reformas.

Há a previsão de assinatura de alguns atos, sobretudo na área da Agricultura e de Minas e Energia. Entre eles está a aprovação de protocolos para “alguns produtos específicos”, bem como para o setor de transporte e a área de investimentos para “intercâmbio de jovens cientistas”. “Há também um de cooperação em energias renováveis, que eu espero que seja fechado”, adiantou o embaixador.

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