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Bolsonaro usa fake news para elogiar Senado dos EUA e criticar CPI

O parlamento norte-americano, segundo o mandatário, estaria investigando a origem da Covid-19 e averiguando a eficácia do tratamento precoce

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Presidente Jair Bolsonaro , durante apresentação das ações para desburocratização e atração de investimentos para setor de turismo 3
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro , durante apresentação das ações para desburocratização e atração de investimentos para setor de turismo 3 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), corroborou, nesta quarta-feira (23/6), com a fake news que circula na internet, de que o Senado dos Estados Unidos estaria averiguando, formalmente, a origem do novo coronavírus. Durante conversa com seus apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada, ele ainda criticou a CPI da Covid-19, que investiga a condução do governo federal diante da crise sanitária.

“O Senado americano está dando um exemplo! Não só procurando a origem do vírus, bem como, investigando um tratamento precoce, bem diferente daqueles sete da CPI”, sugeriu o chefe do Executivo em vídeo gravado e divulgado por um canal simpatizante ao governo.

Apesar da afirmação, a investigação a que ele se refere é de um vídeo divulgado por canais simpatizantes ao governo, onde cinco senadores republicanos aparecem solicitando novas investigações sobre a origem do vírus. A principal tese dos parlamentares era de que a doença teria escapado de um laboratório chinês. A informação foi desmentida pela agência de checagem Comprova.

A CPI da Covid-19, instaurada pelo Senado Federal, tem como principal objetivo investigar as ações do governo federal no combate ao novo coronavírus.

Já existem vários estudos que indicam que o vírus não teve origem em laboratório. Uma pesquisa da revista cientifica Nature, inclusive, indica que o “SARS-CoV-2 não é uma construção de laboratório ou um vírus propositalmente manipulado”.

A própria Organização Mundial da Saúde (OMS), informou que não há evidências suficientes que apontem a cidade chinesa de Wuhan como epicentro da pandemia de coronavírus. Uma comissão de 40 cientistas da OMS foi enviada ao mercado de frutos do mar de Huanan no dia 14 de janeiro, para investigar a origem do Sars-CoV-2.

O presidente Joe Biden, contudo, determinou no dia 26 de maio que as agências de inteligência dos Estados Unidos “redobrem seus esforços” para descobrir as origens do coronavírus. Ele pediu que os oficiais de inteligência apresentem em 90 dias os resultados do trabalho e que mantenham o Congresso norte-americano “totalmente informado” sobre a questão.

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