Bolsonaro: TSE deve atender às Forças Armadas “para o bem de todos”
Neste ano, militares enviaram à Justica Eleitoral documento com sugestões para ampliar a confiabilidade do processo eleitoral
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta quinta-feira (28/4), que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve atender às sugestões das Forças Armadas enviadas à Justiça Eleitoral. Segundo o chefe do Executivo federal, as ideias dos militares devem ser acolhidas “para o bem de todos”.
Em agosto do ano passado, o tribunal pediu ao Ministério da Defesa a indicação de um representante das Forças Armadas para a Comissão de Transparência das Eleições instalada pela Justiça Eleitoral. Neste ano, os militares enviaram à Corte um documento com dez medidas para, segundo eles, ampliar a confiabilidade do processo eleitoral. O texto foi analisado pelo colegiado do TSE.
“Então as Forças Armadas foram convidadas. Continuam trabalhando. Haverão (sic) mais reuniões [da comissão da Justiça Eleitoral] para convencer o TSE de que as sugestões das Forças Armadas, para o bem de todos, deveriam ser acolhidas”, afirmou o presidente durante sua semanal transmissão ao vivo nas redes sociais.
Na live, Bolsonaro disse que pode garantir que as eleições de outubro serão “limpas”. “Isso é o que todo mundo quer, acredito que sem exceção”, declarou.
Em fevereiro deste ano, Bolsonaro já disse que as Forças Armadas são as “fiadoras” do processo eleitoral.
“Sala secreta paralela”
Durante evento pela “liberdade de expressão”, realizado no Palácio do Planalto, nessa quarta-feira (27/4), o presidente afirmou que os militares apresentaram sugestões ao TSE para uma espécie de apuração paralela. Na mesma cerimônia, disse que é preciso existir uma maneira para “se confiar nas eleições”.
“Como os dados vêm pela internet para cá e tem um cabo que alimenta a sala secreta do TSE, uma das sugestões é que, nesse mesmo duto que alimenta a sala secreta, seja feita uma ramificação um pouquinho à direita, para que tenhamos do lado um computador das Forças Armadas, para contar os votos no Brasil”, disse.
O TSE já afirmou que não existe “sala secreta”. A questão enviada pelo general Heber Garcia Portella, representante das Forças Armadas na Comissão de Transparência das Eleições, diz respeito às “medidas a serem tomadas em caso da constatação de irregularidades nas eleições”.
No mesmo documento enviado ao tribunal, também há a resposta do órgão. “Com relação ao sistema de votação utilizado atualmente, ressalta-se que, por sua natureza eletrônica, possui mecanismos para a recuperação de votos”, diz a resposta do TSE. “Em relação às medidas a serem adotadas diante de irregularidades nas eleições, esclarecemos que se encontram previstas na legislação eleitoral pátria”, completa.
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