Bolsonaro trata sobre Oriente Médio e Venezuela com chanceler
Presidente evitou se posicionar sobre conflitos para evitar desalinhamento com o Itamaraty
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tratou nesta terça-feira (07/01/2020), a distância, sobre conflitos internacionais no Oriente Médio e na Venezuela com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. A informação foi confirmada pelo porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros.
As percepções de Bolsonaro sobre a tensão envolvendo Irã, Iraque e Estados Unidos não foram detalhadas pelo porta-voz. Eventuais decisões a respeito desse cenário só devem ser divulgadas depois do retorno do chanceler, que está em viagem ao exterior. Mais cedo, o presidente afirmou que evitaria comentários antes da tratativa com Araújo para evitar divergências de alinhamento com o Itamaraty.
Em nota divulgada na última semana, o MRE relacionou os países do Oriente Médio ao terrorismo, respaldando a ação dos EUA que resultou na morte do general Qassem Suleimani. O mandatário do Brasil também fez declarações semelhantes e o posicionamento do Brasil foi contestado pelo Irã.
“O presidente conversou com o ministro e estabeleceu algumas linhas. Estão recebidas essas linhas. Com o retorno do ministro Ernesto Araújo, certamente eles haverão de se reunir e vão definir, então, com mais propriedade, quais são as ações”, afirmou Rêgo Barros.
Venezuela
O porta-voz também reforçou o apoio do Brasil ao autoproclamado presidente venezuelano Juan Guaidó depois que Nicolás Maduro atuou para impedir a reeleição do opositor para a presidência da Assembleia Nacional.
O posicionamento oficial do Itamaraty é de não reconhecer qualquer resultado contrário.
“O presidente colocou também suas percepções em relação às questões que estão, de momento, ocorrendo lá na Venezuela. Estamos acompanhando por meio da nossa própria imprensa, pela imprensa internacional, pelos nossos meios de comunicação naquele país, ansiosos para que aquilo se resolva o mais rápido possível. Como vocês sabem, o Brasil apoia o encarregado Juan Guaidó”, disse.