Bolsonaro testa positivo mais uma vez para o novo coronavírus
Presidente está infectado por mais de duas semanas e deve continuar despachando do Palácio da Alvorada até que esteja curado da doença
atualizado
Compartilhar notícia
O Palácio do Planalto informou na manhã desta quarta-feira (22/7) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ainda está com Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
“O presidente Jair Bolsonaro segue em boa evolução de saúde, sendo acompanhado pela equipe médica da Presidência da República. O teste realizado pelo presidente no dia de ontem, 21, apresentou resultado positivo”, disse a Presidência.
Este é o terceiro teste que acusa a contaminação do chefe do Executivo. No total, o mandatário do país já fez seis exames com esse fim, três deles com resultados negativos.
Na semana passada, ao ser submetido a novo teste para constatar se ainda estava infectado, o resultado também deu positivo para Covid-19, o que levou o presidente a ficar isolado, despachando do Palácio da Alvorada.
Bolsonaro tem 65 anos e faz parte da faixa etária considerada por especialistas como grupo de risco da Covid-19.
Exames anteriores
Em maio, antes de ser diagnosticado com a doença, o jornal O Estado de S.Paulo entrou com uma ação na Justiça para ter acesso aos exames do presidente, que afirmou a negativa dos testes para o novo coronavírus.
À época, o governo alegava que os exames eram de “foro íntimo” do presidente e que ele não era obrigado a apresentá-los.
Após disputa judicial, o Planalto perdeu e teve de entregar ao Supremo Tribunal Federal (STF) os laudos dos três exames, todos com resultado negativo, mas sem o nome do presidente Jair Bolsonaro. Nos três testes apresentados, apareciam codinomes – segundo o governo, a ideia era preservar a identidade e a segurança do presidente.
No entanto, no exame que confirmou o diagnóstico positivo para o novo coronavírus constava o nome do próprio presidente Bolsonaro. O teste foi realizado por uma unidade do laboratório Sabin, em Brasília. Veja aqui.
O Metrópoles questionou a Secretaria de Comunicação da Presidência da República sobre a mudança no protocolo, mas não obteve resposta.