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Bolsonaro testa imunidade e diz: “Melhor do que quem tomou Coronavac”

Durante transmissão nas redes sociais, presidente ainda disse que o isolamento social “praticamente já deixou de existir” no país

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O Presidente da República, Jair Bolsonaro, recebe, nesta terça-feira (24:08), o Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, em cerimônia oficial no Palácio do Planalto 15
1 de 1 O Presidente da República, Jair Bolsonaro, recebe, nesta terça-feira (24:08), o Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, em cerimônia oficial no Palácio do Planalto 15 - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sugeriu nesta quinta-feira (2/9) que está imune à Covid-19 ao mencionar, durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, o resultado de um exame que realizou para checar o nível de sua Imunoglobulina G (IgG) – positiva em 991. Ele disse que está “muito melhor do que o pessoal que tomou a Coronavac”, numa ironia à vacina chinesa produzida em parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo.

“Meu IgG está 991. Estou muito bem, melhor que uma pessoa que tomou Coronavac. Melhor, não. Muito melhor do que o pessoal que tomou Coronavac. O que aconteceu comigo eu não sei. Eu faço todos os exames periódicos”, disse o chefe do Executivo federal.

O IgG é uma imunoglubulina, ou seja, um anticorpo, que é produzido a partir do 14º dia do início dos sintomas da Covid-19. Ele costuma ficar no organismo dos indivíduos por muito tempo, o que faz muita gente sonhar em ter um “IgG positivo“, o que significaria um organismo imune à infecção.

Porém, no caso da Covid-19, ainda não há confirmação sobre o período de proteção que a presença dele garantiria ao paciente.

Bolsonaro está apto a se vacinar contra a Covid-19 desde abril deste ano, porém, tem afirmado que só o fará depois que “o último brasileiro” for imunizado contra a doença.

Isolamento social

Durante a live desta quinta, o presidente Bolsonaro ainda disse que o isolamento social “praticamente já deixou de existir”. O chefe do Executivo federal comentava a programação prevista para os atos marcados para o próximo dia 7 de setembro, data em que é celebrada a Independência do Brasil.

Bolsonaro tem convocado apoiadores para que passem um recado às instituições do país. Mais cedo, ao discursar em cerimônia, no Palácio do Planalto, o chefe do Executivo disse que “ninguém precisa temer” os atos.

“A gente não vai fazer parada militar esse ano para evitar questão de aglomeração, essa coisa toda, né? […] Se bem que isso aí praticamente já deixou de existir, né? A gente lamenta as mortes, sente, perdi parentes para a Covid, mas começar a querer subjugar o povo por conta da pandemia, fica difícil a gente engolir isso daí”, declarou.

Nos atos marcados para a próxima semana, Bolsonaro deve participar, pela manhã, de um pequeno ato de hasteamento da bandeira nacional, em frente ao Palácio da Alvorada, e discursar para apoiadores na Esplanada dos Ministérios. No período da tarde, deve comparecer à manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo.

A exemplo do que foi feito no ano passado, os tradicionais desfiles realizados na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, foram cancelados em razão da pandemia.

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