Bolsonaro tem interesse em exportar madeira nativa da Amazônia
A medida passou a ser estudada após sugestão de empresários do setor, mas representaria uma mudança inédita na legislação ambiental
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro confirmou neste sábado (23/11/2019) que o governo estuda liberar a exportação de madeira in natura de árvores nativas da Amazônia, conforme noticiou hoje O Estado de São Paulo. Segundo a reportagem, a medida passou a ser estudada após sugestão de empresários do setor, mas representaria uma mudança inédita na legislação ambiental.
“É melhor você exportar de forma legalizada do que de forma clandestina e continuar saindo do Brasil”, alegou Jair Bolsonaro a jornalistas, após participar de evento na Vila Militar, na zona oeste do Rio.
Segundo o presidente, a medida teria que passar pelo parlamento. “(O ministro do Meio Ambiente) Ricardo Salles vai me dar a palavra final na semana que vem”, disse Bolsonaro.
Questionado sobre a má repercussão internacional sobre o aumento nas queimadas e desmatamento no país, Bolsonaro alfinetou parceiros internacionais e governos anteriores.
“Primeiro, mudou o governo do Brasil. Não tem mais presidente subserviente a alguns países da Europa”, declarou.
O presidente disse ser vítima de uma campanha caluniosa.
“Tem uma campanha insidiosa buscando atingir o governo brasileiro. Não cedemos. Queriam que passasse de 14% para 20% o porcentual de terras demarcadas pra índios no Brasil. Não aceitamos isso, então criaram essa campanha que não deu certo. Tudo foi desmentido e aquele presidente que fez essa campanha recolheu-se ao seu devido lugar”, afirmou Bolsonaro.
O presidente brasileiro recebeu críticas de governantes europeus acerca do aumento do desmatamento no país e da recusa de recursos internacionais, como os do Fundo Amazônia, para ajudar na preservação das florestas em território nacional. Um dos alvos de críticas de Bolsonaro foi o presidente francês Emmanuel Macron.
“Não estou preocupado em perder aliado, eu não quero perder o Brasil, entendeu?”, argumentou o presidente.
Vazamento de óleo
O presidente Jair Bolsonaro reconheceu que o governo ainda não sabe como ocorreu o vazamento que contamina há semanas praias ao longo de toda a costa brasileira, nem pode mensurar a quantidade de óleo que ainda há no mar.
O Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA) – formado pela Marinha brasileira, Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos