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Bolsonaro sugeriu a Moro secretário do DF como “homem de confiança” para PF

Anderson Torres foi apresentado como alternativa para a substituição de Valeixo, mas nome não agradou Moro

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Secretário de Segurança Anderson Torres
1 de 1 Secretário de Segurança Anderson Torres - Foto: JP Rodrigues/Metrópoles

Em negociação com o ex-ministro Sergio Moro para a demissão do então diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, em janeiro deste ano, o presidente Jair Bolsonaro sugeriu o nome do atual secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, como homem de sua confiança para a instituição.

A informação consta do depoimento de Moro ao Ministério Público, tomado no último sábado (02/05) na sede da Polícia Federal, em Curitiba. Além dele, Bolsonaro também teria apresentado o nome do delegado Thiago Carrijo Fraga.

“Ambos não tinham história profissional na Polícia Federal que os habilitassem ao cargo, além de também serem próximos à família do presidente”, disse Moro no depoimento.

Veja aqui a íntegra do depoimento.

Moro relatou que, na época, a sua avaliação foi de que os dois nome do presidente não reuniam qualificações técnicas para a função, por isso descartou as sugestões.

Na mesma reunião, da qual teria participado o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, Moro sugeriu outros dois nomes, ao Presidente, o de Fabiano Bordignon e Disney Rossetti para substituir Valeixo. Esses dois nomes, no entanto, não foram aceiros por Bolsonaro.

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Sergio Moro foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro
Sergio Moro já prestou depoimento na PF sobre acusações contra Jair Bolsonaro
Ex-ministro Sergio Moro ao deixar cargo no governo Bolsonaro
Em 2018, Moro anuncia que aceitou cargo no governo Bolsonaro
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Em 2018, Moro anuncia que aceitou cargo no governo Bolsonaro

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Em seu depoimento, Moro argumentou que “a troca geraria desgaste para o Declarante, mas, pelo menos, não abalaria a credibilidade da Polícia Federal ou do Governo”. Disse também que “a substituição sem causa do DG e a indicação de uma pessoa ligada ao Presidente e a sua família seriam uma interferência política na PF”.

Quando pediu demissão do governo, Moro alegou estar sofrendo pressão por interferências políticas no comando da corporação. Segundo o ex-juiz da Lava Jato, o presidente queria “relatórios da PF” sobre as investigações.

Confira a íntegra do depoimento de Sergio Moro:

Depoimento de Sergio Moro à PF by Carlos Estênio Brasilino on Scribd

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