Bolsonaro sobre Witzel: “Quer ferir reputação da minha família”
Presidente acusou o governador do Rio de Janeiro de interferir nas investigações da morte da vereadora Marielle Franco
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) atribuiu as acusações de envolvimento da família com o assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em março do ano passado, ao governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, a quem o presidente chamou de ingrato.
Bolsonaro comentou sobre o assunto durante lançamento do partido Aliança pelo Brasil, ocorrido na manhã desta quinta-feira (21/11/2019) no Royal Tulip, hotel de luxo da capital federal.
O chefe do Palácio do Planalto ainda ironizou as investigações. “Se tivesse um plano, ia receber os assassinos na minha casa à noite? Só um imbecil. Agora jogam para o Carlos Bolsonaro”, completou. Bolsonaro fez referência ao porteiro do condomínio Vivendas da Barra, onde tem uma casa, que citou o nome do presidente em depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Na ocasião, ele disse que um dos suspeitos de matar Marielle, Élcio de Queiroz, foi ao condomínio no dia do crime e que o “seu Jair” teria autorizado a entrada dele no local.
O funcionário, no entanto, mudou a versão em segundo depoimento e disse que não falou com o presidente. A investigação apontou também que, no dia do assassinato, Queiroz foi visitar outro suspeito do crime, o policial Ronnie Lessa.
No lançamento, o chefe do Executivo ironizou o depoimento do funcionário que citou o nome dele na investigação realizada pela Polícia Civil. “No bairro onde eu moro tenho muito carinho pelo porteiro”, disse o presidente.
“Se não fosse meu filho Flávio Bolsonaro [senador], o Witzel não tinha chegado ao governo. Só que agora ele botou na cabeça que quer ser presidente da República e, para isso, quer destruir a reputação da família Bolsonaro”, disse.