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Bolsonaro sobre sumiço no AM: “Nas próximas horas, será desvendado”

Presidente afirmou que Marinha entrou em campo desde o primeiro dia da notícia sobre o desaparecimento do indigenista e do jornalista

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Presidente Jair Bolsonaro é é visto através do visor da câmera durante cerimônia “Brasil pela Vida e pela Família 2
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro é é visto através do visor da câmera durante cerimônia “Brasil pela Vida e pela Família 2 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, em cerimônia no Palácio do Planalto na tarde desta quarta-feira (15/6), que, nas próximas horas, o desaparecimento do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Philips deve ser desvendado.

“Eu espero que, nas próximas horas, o episódio de desaparecimento de dois cidadãos na Amazônia seja efetivamente esclarecido. Tudo indica para isso”, disse o mandatário durante cerimônia para sanção de projetos de lei, que contou também com a presença do ministro da Justiça, Anderson Torres.

Em seguida, Bolsonaro lamentou os desaparecimentos, mas ressaltou que os dois sabiam dos perigos da região.

“Desde o primeiro dia, domingo retrasado, a nossa Marinha estava em campo. Tão me culpando agora por isso. Quando mataram a Dorothy Stang lá trás, ninguém culpou o governo, era de esquerda. Mas tudo bem”, prosseguiu.

Na época, ao contrário da afirmação do presidente, o governo do petista Luiz Inácio Lula da Silva foi intensamente criticado logo após a execução da missionária, norte-americana naturalizada brasileira. Tanto as autoridades federais quanto as estaduais tinham sido alertadas de que ela vinha sendo constantemente ameaçada de morte, mas nada fizeram para impedir o ataque à ativista.

Irmã Dorothy tinha 73 anos em 12 de fevereiro de 2005, quando foi morta em uma emboscada na cidade de Anapu (PA). Ela foi executada com seis tiros.

Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, de 41 anos, afirmou à Polícia Federal que o jornalista inglês Dom Phillips e o indigenista Bruno Araújo Pereira, desaparecidos desde 5 de junho, teriam sido executados.

Fontes da Polícia Federal revelaram ao Metrópoles que Pelado teria confessado “parte” do crime. Segundo o relato de um dos integrantes da PF ao Metrópoles, o suspeito teria dito que sabe quem executou o jornalista e o indigenista, mas que não participou diretamente dos homicídios. Teria, contudo, ajudado a queimar e a enterrar os corpos. Ele levou investigadores ao local onde estariam os corpos das vítimas na tarde desta quarta-feira (15/6). Até a publicação desta reportagem, o relato de Pelado não havia sido confirmado oficialmente.

Pelado é irmão de Oseney da Costa de Oliveira, 41 anos, conhecido como Dos Santos. Eles foram presos sob a suspeita de participarem do crime.

Oseney vai ser interrogado e encaminhado para uma audiência de custódia na Justiça de Atalaia do Norte, segundo informações da Polícia Federal.

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