metropoles.com

Bolsonaro sobre reajuste a servidores: “Os recursos são poucos”

Ao sancionar Orçamento deste ano, presidente concedeu reajuste de R$ 1,7 bi a servidores, mas ainda estuda categorias a serem beneficiadas

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
greve servidores BC 6
1 de 1 greve servidores BC 6 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado (29/1) que espera a “melhor maneira possível” para resolver o impasse envolvendo o reajuste para servidores do país.

Durante conversa com a imprensa na Catedral Metropolitana de Brasília, o chefe do Executivo federal voltou a reconhecer o trabalho dos servidores, sobretudo das forças policiais, mas ressaltou que “os recursos são poucos”.

Ao sancionar o Orçamento de 2022, Bolsonaro concedeu reajuste de R$ 1,7 bilhão para servidores públicos. A peça orçamentária, no entanto, não define quais categorias devem ser beneficiadas ou como os recursos devem ser aplicados. Os recursos precisam ser confirmados em um projeto específico a ser enviado pelo governo posteriormente.

“Por enquanto, não está decidido nada e estamos esperando ver a melhor a maneira possível de como levar adiante essa questão”, disse o presidente.

“Tem um montante reservado que, por enquanto, está congelado. Ninguém, no momento, falou que vai conceder da nossa parte ou não o reajuste. O que eu peço que todos pensem é o seguinte: os recursos são poucos. […] Eu posso dar 1% para todo mundo ou reconhecer o valor de poucas categorias. Agora, outras também merecem e têm o seu valor. Mas não temos recursos para todo mundo”, prosseguiu.

Bolsonaro: “Vamos salvar três categorias ou vai todo mundo sofrer no corrente ano?”

A ideia inicial do governo era direcionar os recursos para agentes da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). A equipe econômica era contra a medida e argumentava que a concessão de reajuste poderia gerar pressões de outros setores do funcionalismo.

O colunista do Metrópoles Igor Gadelha apurou que o presidente deve aguardar o retorno dos trabalhos do Congresso Nacional, no início de fevereiro, para decidir se concederá ou não reajuste salarial para carreiras policiais.

 

10 imagens
O aumento salarial para a área da segurança partiu de uma demanda do próprio presidente
No fim de 2021, antes da votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), o Ministério da Economia enviou um ofício ao Congresso Nacional pedindo que fossem reservados R$ 2,5 bilhões para reajustes salariais em 2022
No entanto, o orçamento enviado só prevê correção salarial para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen)
Como consequência, servidores da Receita Federal e do Banco Central começaram a entregar cargos, em protesto
Além disso, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), composto por mais de 30 categorias, programou para 18 de janeiro o Dia Nacional de Mobilização. A intenção é pressionar o governo a conceder reajuste para todos os servidores
1 de 10

O governo Bolsonaro vive período conturbado com alguns servidores públicos. Tudo começou depois que foi anunciado reajuste salarial para policiais, mas o aumento financeiro de outras categorias ficou de fora dos planos

Hugo Barreto/Metrópoles
2 de 10

O aumento salarial para a área da segurança partiu de uma demanda do próprio presidente

Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
3 de 10

No fim de 2021, antes da votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), o Ministério da Economia enviou um ofício ao Congresso Nacional pedindo que fossem reservados R$ 2,5 bilhões para reajustes salariais em 2022

Thiago S. Araújo/Especial para o Metrópoles
4 de 10

No entanto, o orçamento enviado só prevê correção salarial para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen)

Matheus Veloso/Especial Metrópoles
5 de 10

Como consequência, servidores da Receita Federal e do Banco Central começaram a entregar cargos, em protesto

Marcelo Camargo/Agência Brasil
6 de 10

Além disso, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), composto por mais de 30 categorias, programou para 18 de janeiro o Dia Nacional de Mobilização. A intenção é pressionar o governo a conceder reajuste para todos os servidores

Morsa Images/ Getty Images
7 de 10

Sem resposta, servidores públicos de mais de 40 órgãos federais realizaram, no dia 18 de janeiro, protestos em frente ao Banco Central e ao Ministério da Economia, em Brasília, cobrando por reajustes com base na correção da inflação

MmeEmil / Getty Images
8 de 10

Em meio à repercussão, Bolsonaro chegou a afirmar que todos os servidores merecem aumento. Contudo, em nenhum momento especificou se outras categorias, além da segurança pública, receberiam o reajuste

Rafaela Felicciano/Metrópoles
9 de 10

A pressão do funcionalismo público por aumento salarial tem preocupado a equipe econômica. O ministro Paulo Guedes, no entanto, não esconde que é contra qualquer reajuste

Rafaela Felicciano/Metrópoles
10 de 10

De acordo com Guedes, o governo precisa “ficar firme”. “Sem isso, é como Brumadinho: pequenos vazamentos sucessivos, até explodir a barragem e todos morrerem na lama”, disse o ministro sobre o assunto

Fábio Vieira/Metrópoles

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?