Bolsonaro sobre reajuste a servidores: “Os recursos são poucos”
Ao sancionar Orçamento deste ano, presidente concedeu reajuste de R$ 1,7 bi a servidores, mas ainda estuda categorias a serem beneficiadas
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado (29/1) que espera a “melhor maneira possível” para resolver o impasse envolvendo o reajuste para servidores do país.
Durante conversa com a imprensa na Catedral Metropolitana de Brasília, o chefe do Executivo federal voltou a reconhecer o trabalho dos servidores, sobretudo das forças policiais, mas ressaltou que “os recursos são poucos”.
Ao sancionar o Orçamento de 2022, Bolsonaro concedeu reajuste de R$ 1,7 bilhão para servidores públicos. A peça orçamentária, no entanto, não define quais categorias devem ser beneficiadas ou como os recursos devem ser aplicados. Os recursos precisam ser confirmados em um projeto específico a ser enviado pelo governo posteriormente.
“Por enquanto, não está decidido nada e estamos esperando ver a melhor a maneira possível de como levar adiante essa questão”, disse o presidente.
“Tem um montante reservado que, por enquanto, está congelado. Ninguém, no momento, falou que vai conceder da nossa parte ou não o reajuste. O que eu peço que todos pensem é o seguinte: os recursos são poucos. […] Eu posso dar 1% para todo mundo ou reconhecer o valor de poucas categorias. Agora, outras também merecem e têm o seu valor. Mas não temos recursos para todo mundo”, prosseguiu.
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A ideia inicial do governo era direcionar os recursos para agentes da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). A equipe econômica era contra a medida e argumentava que a concessão de reajuste poderia gerar pressões de outros setores do funcionalismo.
O colunista do Metrópoles Igor Gadelha apurou que o presidente deve aguardar o retorno dos trabalhos do Congresso Nacional, no início de fevereiro, para decidir se concederá ou não reajuste salarial para carreiras policiais.