Na terça-feira (18/1), servidores de mais de 40 categorias do governo federal fizeram manifestações por um reajuste salarial e uma reestruturação de carreiras.
“Há um grita, de maneira geral, porque a intenção inicial foi essa, não vou negar, de reservar alguns reajustes para policiais federais, policiais rodoviários federais e do o pessoal do Departamento Penitenciário Nacional. Então isso está suspenso. Estamos aguardando o desenlace das ações”, disse o chefe do Executivo federal durante entrevista à Jovem Pan News.
10 imagens
1 de 10
O governo Bolsonaro vive período conturbado com alguns servidores públicos. Tudo começou depois que foi anunciado reajuste salarial para policiais, mas o aumento financeiro de outras categorias ficou de fora dos planos
Hugo Barreto/Metrópoles
2 de 10
O aumento salarial para a área da segurança partiu de uma demanda do próprio presidente
Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
3 de 10
No fim de 2021, antes da votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), o Ministério da Economia enviou um ofício ao Congresso Nacional pedindo que fossem reservados R$ 2,5 bilhões para reajustes salariais em 2022
Thiago S. Araújo/Especial para o Metrópoles
4 de 10
No entanto, o orçamento enviado só prevê correção salarial para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen)
Matheus Veloso/Especial Metrópoles
5 de 10
Como consequência, servidores da Receita Federal e do Banco Central começaram a entregar cargos, em protesto
Marcelo Camargo/Agência Brasil
6 de 10
Além disso, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), composto por mais de 30 categorias, programou para 18 de janeiro o Dia Nacional de Mobilização. A intenção é pressionar o governo a conceder reajuste para todos os servidores
Morsa Images/ Getty Images
7 de 10
Sem resposta, servidores públicos de mais de 40 órgãos federais realizaram, no dia 18 de janeiro, protestos em frente ao Banco Central e ao Ministério da Economia, em Brasília, cobrando por reajustes com base na correção da inflação
MmeEmil / Getty Images
8 de 10
Em meio à repercussão, Bolsonaro chegou a afirmar que todos os servidores merecem aumento. Contudo, em nenhum momento especificou se outras categorias, além da segurança pública, receberiam o reajuste
Rafaela Felicciano/Metrópoles
9 de 10
A pressão do funcionalismo público por aumento salarial tem preocupado a equipe econômica. O ministro Paulo Guedes, no entanto, não esconde que é contra qualquer reajuste
Rafaela Felicciano/Metrópoles
10 de 10
De acordo com Guedes, o governo precisa “ficar firme”. “Sem isso, é como Brumadinho: pequenos vazamentos sucessivos, até explodir a barragem e todos morrerem na lama”, disse o ministro sobre o assunto
Fábio Vieira/Metrópoles
“Estamos aguardando o desenlace das ações. Ou seja, a gente pode fazer justiça com três categorias. Não vai fazer justiça com as demais. Sei disso, mas fica aquela velha pergunta a todos: vamos salvar três categorias ou vai todo mundo sofrer no corrente ano? O tempo vai dizer como a gente vai decidir aqui”, ressaltou.
O líder do PSC e vice-líder do governo na Câmara, deputado Aluísio Mendes (MA), afirmou Bolsonaro quer “tratar esse assunto” com os parlamentares e com a sociedade.
A ideia inicial do presidente era tratar da reestruturação da carreira, que diferenciaria mais o salário de entrada na PF do salário final das carreiras, via Medida Provisória.
Agora, de acordo com o líder do PSC, a tendência é debater isso entre fevereiro e março por meio de um projeto de lei que começará a tramitar pela Câmara dos Deputados.
Diante da reação, aliados de Bolsonaro, como o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), já levantaram a hipótese de não conceder reajuste para nenhuma carreira do funcionalismo público.