Bolsonaro sobre processo de impeachment: “Se acontecer, vamos para cima”
Segundo o presidente, líderes religiosos que querem seu afastamento não representam 1% dos evangélicos do Brasil. “São de esquerda”
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quinta-feira (28/1) que, se for aberto um processo de impeachment, os membros do governo “vão para cima” e ainda minimizou o apoio de evangélicos e católicos ao pedido de seu afastamento apresentado nesta semana na Câmara dos Deputados.
“Se acontecer [abertura do processo] a gente vai pra cima”, disse o presidente. “Tomamos todas as medidas preventivas”, completou.
Segundo Bolsonaro, os líderes religiosos “não representam 1% dos evangélicos do Brasil. São todos aqueles grupos religiosos de esquerda”. O pedido é assinado por 380 líderes evangélicos e católicos.
Entre bispos pastores e padres, está Daniel Seidel, secretário-geral da Comissão Brasileira de Justiça e Paz, da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Liquidificador
O presidente ainda disse que os quase 60 pedidos já apresentados contra ele na Câmara não têm fundamento.
“Se botar no liquidificador e espremer, não dá nada”, disse Bolsonaro. “Parece que só tem gente morrendo no Brasil”, enfatizou, apontando os pedidos que tratam da gestão do governo em relação à pandemia do coronavírus.
Bolsonaro disse ainda que a Polícia Federal não encontrou nenhum indício de que ele tenha cometido ato antidemocrático. “Não vou entrar em detalhes aqui, mas a Polícia Federal não encontrou elementos para indiciar pessoas por atos antidemocráticos”, ressaltou
“Se houve algum ato antidemocrático, não foi por parte do povo que estava na rua e nem por parte do Poder Executivo”, disse o presidente.