1 de 1 Bolsonaro, fux e Pacheco durante Cerimônia de Sanção do Projeto de Lei que cria o Tribunal Regional Federal da 6ª Região 21
- Foto: Igo Estrela/Metrópoles
Em entrevista ao jornal Correio da Manhã, de Petrópolis, Rio de Janeiro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) teceu críticas ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD). Segundo o mandatário do país, Pacheco tem adotado uma postura “parcial” em relação ao Supremo Tribunal Federal (STF).
“Não vou negar que apoiei [Rodrigo Pacheco], não esperava que ele fosse ser tão parcial como está sendo ultimamente. Não quero atrito com ele, mas uma parcialidade enorme”, afirmou Bolsonaro.
“A gente vê na mídia e ele diz que está protegendo o STF. Não é atribuição nossa proteger o outro poder, é tratar com dignidade e isenção, como propriamente diz nossa Constituição. O poder mais forte do momento, da República, é o Supremo”, completou o mandatário.
14 imagens
1 de 14
Jair Messias Bolsonaro, nascido em 1955, é um capitão reformado do Exército e político brasileiro. Natural de Glicério, em São Paulo, foi eleito 38º presidente do Brasil para o mandato de 2018 a 2022
Reprodução/Instagram
2 de 14
Descendente de italianos e alemães, Bolsonaro recebeu o primeiro nome em homenagem ao jogador Jair Rosa Pinto, do Palmeiras, e o segundo, Messias, atribuído por Olinda Bonturi, mãe do presidente, a Deus, após uma gravidez complicada. Na infância, era chamado de Palmito pelos amigos
Hugo Barreto/Metrópoles
3 de 14
Ingressou no Exército aos 17 anos, na Escola Preparatória de Cadetes. Em 1973, foi aprovado para integrar a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), formando-se quatro anos depois
Rafaela Felicciano/Metrópoles
4 de 14
Dentro do Exército, Bolsonaro também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, serviu como aspirante a oficial no 21º e no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), cursou a Escola de Educação Física do Exército, serviu no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista e, em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais
Getty Images
5 de 14
Em 1986, Jair foi preso por 15 dias, enquanto servia como capitão, por ter escrito um artigo para a revista Veja criticando o salário pago aos cadetes da Aman. Contudo, dois anos após o feito, foi absolvido das acusações pelo Superior Tribunal Militar (STM)
Rafaela Felicciano/Metrópoles
6 de 14
Em 1987, novamente respondeu perante o STM por passar informação falsa à Veja. Na ocasião, o até então ministro do Exército recebeu da revista um material enviado pelo atual presidente sobre uma operação denominada Beco Sem Saída, que teria como objetivo explodir bombas em áreas do Exército como protesto ao salário que os militares recebiam
Rafaela Felicciano/Metrópoles
7 de 14
A primeira investigação realizada pelo Conselho de Justificação Militar (CJM) concluiu que Bolsonaro e outros capitães mentiram e determinou que eles deveriam ser punidos. O caso foi levado ao Superior Tribunal Militar, que, por outra vez, absolveu os envolvidos. De acordo com uma reportagem da Folha à época, foi constatado pela Polícia Federal que, de fato, a caligrafia da carta enviada à Veja pertencia a Jair
JP Rodrigues/Metrópoles
8 de 14
Em 1988, Bolsonaro foi para a reserva do Exército, ainda com o cargo de capitão, e, no mesmo ano, iniciou a carreira política. Em 1988, foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro e, em 1991, eleito deputado federal. Permaneceu como parlamentar até 2018, quando foi eleito presidente da República
Daniel Ferreira/Metrópoles
9 de 14
Durante a carreira, Bolsonaro se filiou a 10 legendas: Partido Democrata Cristão (PDC), Partido Progressista Reformador (PPR), Partido Progressista Brasileiro (PPB), Partido da Frente Liberal (PFL), Partido Progressistas (PP), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Democratas (DEM), Partido Social Cristão (PSC), Partido Social Liberal (PSL) e, atualmente, Partido Liberal (PL)
Rafaela Felicciano/Metrópoles
10 de 14
É casado com Michelle Bolsonaro, 40 anos, e pai de Laura Bolsonaro, 11, Renan Bolsonaro, 24, Eduardo Bolsonaro, 38, Carlos Bolsonaro, 39, e Flávio Bolsonaro, 41, sendo os três últimos também políticos
Instagram/Reprodução
11 de 14
Em 2018, enquanto fazia campanha eleitoral, Jair foi vítima de uma facada na barriga. Até hoje o atual presidente precisa se submeter a cirurgias por causa do incidente
Igo Estrela/Metrópoles
12 de 14
Eleito com 57.797.847 votos no segundo turno, Bolsonaro coleciona polêmicas em seu governo. Além do entra e sai de ministros, a gestão de Jair é acusada de ter corrupção, favorecimentos, rachadinhas, interferências na polícia, ataques à imprensa e a outros poderes, discurso de ódio, disseminação de notícias faltas, entre outros
Alan Santos/PR
13 de 14
Programas sociais, como o Vale-gás, Alimenta Brasil, Auxílio Brasil e o auxílio emergencial durante a pandemia da Covid-19, foram lançados para tentar ajudar a elevar a popularidade do atual presidente
Rafaela Felicciano/Metrópoles
14 de 14
De olho na reeleição em 2022, Bolsonaro se filiou ao Partido Liberal (PL). O vice de sua chapa nas eleições deste ano é o general Walter Braga Netto
Apesar de ser aliado do presidente, nas últimas semanas, Pacheco vem destoando de opiniões do governo Bolsonaro, principalmente em relação às eleições de outubro. Em entrevista ao programa Roda Viva, no último dia 16 de maio, por exemplo, o senador disse acreditar que é necessário “virar a página” sobre as críticas às urnas eletrônicas brasileiras.
“O que não podemos é permitir que instituições a essa altura, depois de tudo demonstrado, de como é que funciona todo o mecanismo da Justiça Eleitoral, ainda insista em questionar as urnas eletrônicas. Nós devemos superar essa fase, virar essa página”, ressaltou.
No episódio mais recente, Pacheco também foi na contra-mão, ao cassificar a notícia-crime apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o ministro Alexandre de Moraes, da Suprema Corte, como “mais um episódio de anormalidade institucional”.