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Bolsonaro sobre o DF: “Daqui a pouco, teremos meia hora para sair”

Presidente criticou o toque de recolher que restringe a circulação de pessoas, das 22h às 5h, na capital federal. “Medida extrema”, disse

atualizado

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Presidente Jair Bolsonaro chega a evento em Brasília
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro chega a evento em Brasília - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou nesta quinta-feira (11/3) o toque de recolher decretado no Distrito Federal pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). Em videoconferência da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa do Congresso Nacional, Bolsonaro disse que “daqui a pouco, a gente vai ter meia hora para sair na rua”.

Desde o início da semana, o Distrito Federal adotou toque de recolher, das 22h às 5h. A medida ocorre após o aumento de ocupação dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) na rede hospitalar da capital da República.

De acordo com Bolsonaro, apenas ele, como presidente da República, e o Congresso Nacional poderiam decretar medida semelhante. Ele ainda afirmou que o DF vive um “estado de sítio”.

“Aqui no DF, toma-se medida por decreto de estado de sítio. Das 22h às 5h, ninguém pode andar. Só eu poderia tomar uma medida dessa – e, mesmo assim, ouvindo o Congresso Nacional. Então, na verdade, uma medida extrema dessa só o presidente da República e o Congresso Nacional poderiam tomá-la e nós vamos deixando isso acontecer”, alegou o presidente.

“Amanhã outras coisas aumentam. O horário, hoje, é das 22h às 5h. Daqui a pouco, ele bota das 20h às 6h. Depois, das 18h às 8h. Daqui a pouco, a gente vai ter meia hora para sair na rua. E nós continuamos ficando quietos”, prosseguiu.

Foi a segunda vez que Bolsonaro criticou a medida. Na segunda (8/3), assim que soube da decretação do toque de recolher, o presidente reagiu: “É inadmissível”.

Durante a videoconferência desta quinta, Bolsonaro voltou a falar da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que autoriza estados e municípios a adotarem, junto à União, medidas para combater a Covid-19.

Embora a matéria já sido pautada pela Suprema Corte, Bolsonaro tem dito que foi impedido pelo tribunal de tomar ações mais efetivas contra a pandemia.

“Devemos rever aquilo que por ventura fizemos de errado no passado, justificar e melhorar. Até onde nós aguentaremos?”, indagou. “Até quando nós podemos aguentar essa irresponsabilidade do lockdown? Estou preocupado com vidas, sim.”

“Fiquem em casa”, pede governador

Em entrevista ao Metrópoles, publicada nesta quinta, o governador Ibaneis Rocha defendeu as medidas restritivas que tem adotado.

Apesar do endurecimento das medidas de restrição e da previsão da abertura de três novos hospitais de campanha nos próximos 20 dias, a orientação do Governo do Distrito Federal (GDF) é que a população permaneça em casa. O primeiro decreto de combate à pandemia da Covid-19 completa um ano nesta quinta. Cinco mil mortos e 311 mil infectados depois, o cenário está mais grave do que nunca.

O governador advertiu que o sistema de saúde está sobrecarregado – não só com os doentes da Covid-19, mas com toda a demanda de pacientes que aguardam por cirurgias e procedimentos relacionados a outras enfermidades.

“Você que vai para a rua, que aglomera e não respeita os decretos está deixando outras pessoas morrerem, não só de Covid. A situação é grave”, disse Ibaneis, em entrevista à coluna Grande Angular.

Assista à entrevista do governador Ibaneis Rocha (MDB):

 

Cenas da cidade após o toque de recolher:

18 imagens
Moradores de Valparaíso (GO), Jefferson e Luís Fernando vendem balinhas no transporte coletivo, inclusive em ônibus que circulam de madrugada
Funcionário de um mercado da Asa Norte, Everson Sousa foi abordado por PMs e orientado sobre o toque de recolher
Trabalhadores aguardam por coletivos em paradas de ônibus de Brasília
Esplanada dos Ministérios no primeiro dia de toque de recolher
Catadores nas ruas do Plano Piloto
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DF está com toque de recolher das 20h às 5h

Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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Moradores de Valparaíso (GO), Jefferson e Luís Fernando vendem balinhas no transporte coletivo, inclusive em ônibus que circulam de madrugada

Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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Funcionário de um mercado da Asa Norte, Everson Sousa foi abordado por PMs e orientado sobre o toque de recolher

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Trabalhadores aguardam por coletivos em paradas de ônibus de Brasília

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Esplanada dos Ministérios no primeiro dia de toque de recolher

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Catadores nas ruas do Plano Piloto

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Metrô deserto

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Trabalhadores na Rodoviária do Plano Piloto

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Ponte JK: movimento só parou após o horário-limite da restrição

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Na Rodoviária do Plano Piloto, movimento era de moradores que trabalham à noite

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Rodoviária do Plano Piloto: quem estiver circulando sem necessidade pode ser multado em R$ 2 mil

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Orla da Ponte JK: dupla na rua após horário-limite

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Pouco movimento na rodoviária. Quem trabalha até tarde prevê dificuldades para cumprir restrição

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Vista geral da Rodoviária do Plano Piloto na primeira noite do toque de recolher no DF

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Blitz para alertar motoristas

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A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) montou blitz na Estrada Parque Taguatinga (EPTG) e na Estrutural, para orientar os motoristas brasilienses

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"A PM começou a abordar condutores nas vias de maior fluxo de veículos, de forma educativa, orientando para que as pessoas fiquem em casa, para evitar a transmissão da Covid-19", explicou a capitã Debora Fayad, comandante da operação

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Policia Militar atuou na ocorrência

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