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Bolsonaro sobre nova variante: “Brasil não aguenta mais um lockdown”

Mais cedo, Anvisa recomendou proibir entrada de voos e viajantes procedentes de países do continente africano

atualizado

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O atual presidente, Jair Bolsonaro, se filiou recentemente ao PL
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta sexta-feira (26/11) que o Brasil “não aguenta mais um lockdown” ao comentar a variante Omicron, nova mutação da Covid-19 na África do Sul.

Durante conversa com a imprensa, após participar de cerimônia militar no Rio de Janeiro (RJ), ele disse que serão adotadas “medidas racionais”. Ele não entrou em detalhes sobre quais serão e como definir o critério de racionalidade.

“O Brasil não aguenta mais um lockdown. Conversei com o almirante Barra Torres [presidente da Anvisa], com o Ciro [Nogueira], da Casa Civil, discutindo Argentina. Quem vem da Argentina de carro para cá, sem problemas. Quem vier de avião tem que ficar quatro dias em quarentena. Vamos tomar medidas racionais”, declarou, segundo o jornal Folha de S.Paulo.

Mais cedo, nesta sexta, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a proibição da entrada de voos e viajantes procedentes de África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue no Brasil.

As últimas informações veiculadas indicam que houve a notificação de 77 casos na África do Sul, quatro em Botsuana, um em Hong Kong (uma pessoa que voltou de viagem à África do Sul) e um em Israel (uma pessoa que voltou do Maláui) e um na Bélgica.

A efetivação das medidas, contudo, depende de portaria interministerial editada pela Casa Civil, pelo Ministério da Saúde, pelo Ministério da Infraestrutura e pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Países adotam medidas

Até o momento, pelo menos 10 nações europeias e asiáticas, além dos Estados Unidos, anunciaram a adoção de medidas restritivas a voos de países da África, devido à nova variante do novo coronavírus.

EUA, Reino Unido, Itália, Holanda, República Tcheca, França, Cingapura e Israel suspenderam voos dos países sul-africanos. Japão, Índia e Taiwan aumentaram os procedimentos de controle. Os bloqueios ocorreram após a reunião de emergência convocada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para discutir o problema.

O governo sul-africano criticou as medidas. A ministra das Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandor, disse que a preocupação imediata “é o dano que esta decisão causará tanto às indústrias de turismo quanto às empresas de ambos os países”.

A líder técnica da OMS, Maria van Kerkhove, pronunciou-se sobre a variante, na quinta-feira (25/11). A profissional ressalta que “ainda serão necessárias algumas semanas” para que se possa identificar exatamente qual o risco da nova mutação do Sars-CoV-2. A cepa causa preocupação principalmente pelas mudanças na proteína Spike, usada pelo vírus para entrar em células humanas. Essa característica o torna potencialmente imune às vacinas.

O que diz o Ministério da Saúde

Em conversa com a imprensa na manhã desta sexta-feira (26/11), o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, afirmou que a nova variante é uma grande preocupação e que a pasta vai discutir o assunto, ao longo do dia.

“A OMS se manifestou recentemente sobre essa nova variante na África do Sul, é uma variante de preocupação. Estamos discutindo isso, juntamente com os técnicos”, frisou Cruz.

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