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Bolsonaro sobre morte de Marielle: “Marca que fica no Brasil”

Depois da repercussão da citação de seu nome nas investigações, o presidente lamentou o assassinato e cobrou uma solução para o crime

atualizado

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Assinatura Solene Decreto posse de Armas. Brasília(DF), 15/01/2
1 de 1 Assinatura Solene Decreto posse de Armas. Brasília(DF), 15/01/2 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse, na tarde dessa terça-feira (5/11/2019), que o assassinato da vereadora Marielle Franco é uma “marca que fica no Brasil”. A declaração foi feita durante discurso na cerimônia de 300 dias de governo, no Palácio do Planalto.

Bolsonaro direcionou a palavra ao ministro da Justiça, Sergio Moro, ao cobrar uma solução para o crime. “Lamento pela sua família, pelo ocorrido. É uma marca que fica no Brasil, e essa marca não é boa. Espero, Moro, que seja desvendado esse crime. Bem como eu espero que seja desvendado quem tentou matar Jair Bolsonaro”, declarou.

Em tom mais ameno do que o usado nos últimos dias, o mandatário do país criticou a imprensa brasileira, mas não citou a TV Globo. O Jornal Nacional foi responsável pela divulgação de uma reportagem que relaciona o presidente ao caso.

“Se formos depender apenas de uma imprensa nós corremos o risco de ser réu sem crime. Eu lamento a grande imprensa do país querer colocar em meu colo a execução de uma vereadora porque um dos possíveis executores morava no meu condomínio. Tem mais gente que deve no condomínio. São mais de 150 casas lá dentro”, disse.

Bolsonaro lembrou que seu registro biométrico na Câmara dos Deputados comprova a versão de que ele estava em Brasília no dia 14 de março de 2018. “Não satisfeita [a imprensa], diz agora que tem um segundo porteiro. Não vou entrar em detalhes, meu dedo no painel de presença garante a minha situação”, disse.

300 dias
Durante o evento, Bolsonaro fez mais um “revogaço”, tirando a validade de 257 decretos e de 334 órgãos colegiados que foram considerados extintos, inativos e inoperantes. Além disso, assinou um projeto de lei para privatizar a Eletrobras e uma medida provisória com o objetivo de quebrar o monopólio da Casa da Moeda.

Um material de 17 páginas preparado pela Casa Civil destaca como marcas da gestão Bolsonaro: o combate ao crime, o combate à corrupção e retomada do crescimento dos empregos. Porém, apresenta ações de forma genérica, como a “reestruturação do sistema educacional” e até controversas, como o sucesso do discurso do presidente na ONU e a queda no desmatamento na Amazônia.

“Provamos que este é um governo constitucional. Os escândalos de corrupção sumiram do Palácio do Planalto e dos noticiários. As instituições são respeitadas e as relações entre poderes é transparente e limpa”, diz um trecho inicial do documento.

Pelo Twitter, o mandatário do Brasil já havia citado resultados como a redução de crimes, aumento na apreensão de drogas, criação de empregos formais e outras medidas econômicas. “Juntos estamos mudando o futuro do Brasil”, publicou na rede.

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