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Bolsonaro sobre morte de Dorothy Stang: “Ninguém culpou governo do PT”

Presidente disse que o governo Lula não sofreu cobranças na época, mas a gestão do petista foi intensamente criticada pelo caso

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1 de 1 dorothy - Foto: Reprodução

Ao comentar os desaparecimentos do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira, o presidente Jair Bolsonaro (PL) citou o assassinato da missionária norte americana naturalizada brasileira Dorothy Stang, em 2005, no Pará.

Bolsonaro declarou que ninguém culpou o governo federal na época, chefiado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Pelo que tudo indica, nas próximas horas, isso será desvendado, esse desaparecimento. E desde o primeiro dia, domingo retrasado, a nossa Marinha estava em campo. Tão me culpando agora por isso. Quando mataram a Dorothy Sting lá trás ninguém culpou o governo, era de esquerda. Mas tudo bem”, afirmou o presidente em evento no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (15/6)

Ocorre que o governo Lula foi intensamente criticado após a execução da missionária. Tanto as autoridades federais quanto as estaduais tinham sido alertadas de que ela vinha sendo constantemente ameaçada de morte. E nada fizeram para impedir o ataque.

Irmã Dorothy tinha 73 anos em 12 de fevereiro de 2005, quando foi morta em uma emboscada na cidade de Anapu (PA). Ela foi executada com seis tiros.

Desta vez, o governo Bolsonaro tem sido acusado de leniência nas investigações sobre os desaparecimentos no na região do Vale do Javari, no Amazonas. A gestão bolsonarista também vem sendo criticada por não fiscalizar as atividades ilegais na região, como o garimpo.

Desaparecimentos na Amazônia

Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira desapareceram em 5 de junho, enquanto faziam o trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, na região do Vale do Javari, no Amazonas.

Segundo a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), a dupla se deslocava com o objetivo de visitar a equipe de vigilância indígena que atua perto do Lago do Jaburu. O jornalista pretendia realizar entrevistas com os habitantes daquela região.

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último contato com os dois profissionais ocorreu no domingo, 5 de junho
Polícia Federal, o Exército, a Marinha e a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas fazem as buscas
A Polícia Federal concentra os esforços em áreas próximas ao Rio Itaquaí.
O sumiço foi na reserva indígena Vale do Javari, no Amazonas.
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As buscas pelo jornalista inglês Dom Phillips e pelo indigenista Bruno Araújo Pereira entram no 11º dia

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último contato com os dois profissionais ocorreu no domingo, 5 de junho

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Polícia Federal, o Exército, a Marinha e a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas fazem as buscas

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A Polícia Federal concentra os esforços em áreas próximas ao Rio Itaquaí.

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O sumiço foi na reserva indígena Vale do Javari, no Amazonas.

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Nesta quarta-feira, Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, de 41 anos, afirmou à Polícia Federal (PF) que o jornalista e o indigenista teriam sido executados.

Fontes da Polícia Federal revelaram ao Metrópoles que Pelado teria confessado “parte” do crime. Segundo o relato de um dos integrantes da PF, o suspeito teria dito que sabe quem executou o jornalista e o indigenista, mas que não participou diretamente dos homicídios. Teria, contudo, ajudado a queimar e a enterrar os corpos. Ele levou investigadores ao local onde estariam os corpos das vítimas na tarde desta quarta-feira (15/6). Até a publicação desta reportagem, o relato de Pelado não havia sido confirmado oficialmente.

Pelado é irmão de Oseney da Costa de Oliveira, 41 anos, conhecido como Dos Santos. Eles foram presos sob a suspeita de participarem do crime.

Oseney vai ser interrogado e encaminhado para uma audiência de custódia na Justiça de Atalaia do Norte, segundo informações da Polícia Federal.

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