Bolsonaro sobre fim do ICMS: “É vergonha na cara, não populismo”
O chefe do Executivo também reclamou do fato de a redução do preço nas refinarias não refletir para o consumidor
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou que tenha desafiado governadores a zerarem o ICMS sobre os combustíveis, contrariando o que ele mesmo disse na saída do Palácio da Alvorada na manhã dessa quarta-feira (05/02/2020).
O chefe do Executivo também reclamou do fato de a redução do preço nas refinarias não refletir para o consumidor, nas bombas dos postos de gasolina. O presidente também insinuou que as críticas que vem recebendo de alguns governadores — sem mencionar quais — é falta de “vergonha na cara”.
“Chega desse povo sofrer. Isso não é demagogia. Dois governadores que estão me criticando, isso não é populismo, é vergonha na cara. Ou você acha que o povo está numa boa? Está todo mundo feliz da vida com o preço do gás, com o preço da gasolina, com o preço do transporte?”, pontuou.
Bolsonaro voltou a dizer que aceita zerar os impostos federais caso os estados aceitem acabar com o ICMS sobre os combustíveis. “Eu sei que os estados estão em seríssima dificuldade, mas com mais dificuldade está o povo, que não aguenta mais pagar R$ 5,50 no litro da gasolina. O caminhoneiro, que paga R$ 4 no litro do óleo diesel. A gente cansa de ver eles [os governadores] majorarem o ICMS. Ele [o governador do estado] entra com o projeto e a assembleia legislativa vota e aumenta os impostos”, reclamou.
Uma reunião entre o ministro da Economia Paulo Guedes e representantes do setor de combustíveis está agendada para esta sexta-feira (07/02/2020). Segundo Bolsonaro, o encontro tratará de encontrar soluções para reduzir o preço dos combustíveis ao consumidor final.
“Abaixou [o preço] hoje [quinta-feira]. Quanto é que vai abaixar na bomba para o consumidor? Zero. Eu estou fazendo papel de otário aqui. Se bem que eu não interfiro na Petrobras. Não vou ligar para o Castelo Branco e mandar para de baixar”, disse.