Bolsonaro sobre filho embaixador: “Vai ter que mostrar conhecimento”
O presidente confirmou que recebeu uma carta do governo dos EUA sobre a aceitação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada em Washington
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), comentou a aceitação, por parte do governo dos Estados Unidos, do nome do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para o cargo de Embaixador do Brasil em Washington. O chefe do Executivo confirmou, na manhã desta sexta-feira (09/08/2019), ter recebido uma carta de próprio punho do presidente norte-americano, Donald Trump.
“Agora, ele vai ter que demonstrar conhecimento no Senado ou vai ser reprovado”, comentou Bolsonaro ao deixar o Palácio do Alvorada. O nome de Eduardo será enviado ao Senado pelo Palácio do Planalto para uma sabatina. Se a Casa aprovar — por maioria simples — o deputado se torna embaixador.
Bolsonaro disse que recebeu uma carta escrita pelo próprio Trump. Questionado por jornalistas se poderia falar sobre o conteúdo do documento, disse: “Se o Trump autorizar eu fico feliz em divulgar”.
O chefe do Executivo afirmou que não há pressa em seguir os próximos passos. O deputado deve se reunir com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, para depois ter o nome chancelado pelo presidente. “Não tem pressa, o Eduardo que decide. Traz para mim o papel que eu assino”, completou.
Nessa quinta-feira (08/08/2019), o governo dos Estados Unidos concedeu o agrément, uma espécie de aceitação de um nome como embaixador no país, para a indicação de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) como representante brasileiro em Washington.
Entenda
O presidente Jair Bolsonaro revelou que analisava a possibilidade de indicar o filho Eduardo como embaixador do Brasil nos EUA, em 11 de julho. Bolsonaro alegou que, como Eduardo “fala inglês com fluência” e tem afinidade com a família do presidente dos EUA, Donald Trump, ele estaria qualificado para o posto.
A intenção do presidente despertou uma enxurrada de reações, a maior parte delas, negativa. Mesmo bolsonaristas como o professor on-line de filosofia Olavo de Carvalho, tido como padrinho e mentor do atual ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, chamou a indicação de “retrocesso”. Para o guru bolsonarista, o deputado federal mais votado do país deveria seguir no mandato para “lutar contra o Foro de São paulo”, a organização que reúne partidos de esquerda da América Latina.