Bolsonaro sobre estupro de grávida no RJ: “Que esse vagabundo exploda”
Em publicação nas redes sociais, presidente disse que é “lamentável” que Giovanni Bezerra não “apodreça para sempre na cadeia”
atualizado
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Em publicação feita nesta segunda-feira (11/7) nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou de “vagabundo” o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso em flagrante por estuprar uma grávida durante a cesariana.
Na publicação, o chefe do Executivo federal lamentou que a Constituição brasileira não permita prisão perpétua e defendeu que o médico “apodreça para sempre na cadeia”.
– É extremamente lamentável que a nossa Constituição não permita sequer que o maldito estuprador que abusou de uma paciente grávida anestesiada no RJ apodreça para sempre na cadeia, sem nenhum tipo de privilégio. Direitos humanos é para a vítima, esse vagabundo que se exploda!
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 11, 2022
O médico foi preso em flagrante na madrugada desta segunda, no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Giovanni é acusado de estuprar uma grávida durante uma cirurgia cesariana. Ele foi indiciado por estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão.
Em vídeo feito por funcionários do hospital, gravado na noite de domingo (10/7), é possível observar que Giovanni coloca o pênis na boca da vítima, que estava desacordada. O ato dura cerca de 10 minutos, e ele, em seguida, limpa o rosto da mulher.
Vídeos mostram momento em que médico anestesista estupra grávida no RJ
O médico já havia participado de outras cirurgias ao longo de domingo, e levantado suspeitas pelo seu comportamento e pela quantidade de sedativo que dava para grávidas. Ele foi preso pela Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti.
Ao Metrópoles, a Secretaria Estadual de Saúde e a Fundação Saúde do Estado do Rio afirmaram “repudiar veementemente a conduta do médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra” e se colocaram “à disposição da polícia”.
Os órgãos informaram que será aberta uma sindicância interna responsável pelas medidas administrativas e que o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio (Cremerj) foi notificado.
O Cremerj confirmou que recebeu as denúncias e abriu “imediatamente um procedimento cautelar para suspensão imediata do médico, devido à gravidade do caso”. O conselho também afirmou que processo ético-profissional foi instaurado e que poderá resultar na cassação de Giovanni.
Em nota, a defesa do médico diz que aguarda acesso à íntegra dos depoimentos para se manifestar.
“A defesa alega que ainda não obteve acesso na íntegra aos depoimentos e elementos de provas que foram produzidos durante a lavratura do auto de prisão em flagrante. A defesa informa também que após ter acesso a sua integralidade, se manifestará sobre a acusação realizada em desfavor do anestesista Giovanni Quintella”.
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