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Bolsonaro sobre Covid-19: “Desemprego e morte é com os governadores”

Bolsonaro distorce decisão do STF para responsabilizar gestores estaduais e municipais sobre consequências da pandemia do coronavírus

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Presidente bolsonaro mascara coronavírus
1 de 1 Presidente bolsonaro mascara coronavírus - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro, em conversa com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada, disse que as mortes e o desemprego ocasionados pela pandemia do coronavírus no Brasil devem ser colocadas sob a responsabilidade dos governadores. Segundo ele, os gestores locais teriam recebido do Supremo Tribunal Federal (STF) o poder para gerir a crise. Na realidade, a suprema corte deixou sob encargo dos governadores e prefeitos a decisão sobre isolamento social, não sobre as políticas de saúde ou a condução da economia.

“Essa questão de desemprego e morte? Governadores. O Supremo (Supremo Tribunal Federal) deu todo o poder para eles para gerir esse tipo de problema. Eu apenas injetei bilhões na mãos deles e alguns ainda desviam”, disse o presidente.

A declaração de Bolsonaro se dá em momento no qual governadores de vários estados começam a flexibilizar regras de isolamento social e no qual a pandemia apresenta números cada vez maiores de mortes em todo o país.

De acordo com dados das secretarias de Saúde dos estados, entre sábado (06/06) e domingo (07/06), o Brasil registrou 1.382 novas mortes causadas pela Covid-19 e chegou ao total 37.312 mortes. Somente na última semana, o país teve três dias com recorde de confirmações de óbitos. O total de casos da doença confirmados é de 685.427.

Desde o início da pandemia, o presidente tem se posicionado contra medidas de isolamento social implementadas por governadores e tem defendido uma política de combate à Covid-19 que leve mais em conta aspectos econômicos.

As medidas de distanciamento social são apontadas por epidemiologistas e cientistas de todo o mundo como única forma eficaz de controlar a disseminação do novo coronavírus e, assim, evitar a sobrecarga dos sistemas de saúde.

Indicação ao STF

O presidente ainda disse que o grande problema nas ruas hoje são as manifestações contra ele que, em seu entender, são apoiadas pela “mídia”. Segundo Bolsonaro, as coisas começarão a mudar quando ele indicar um ministro para o STF, o que deve ocorrer em novembro deste ano, quando o ministro Celso de Mello se aposenta.

“O grande problema no momento é o povo na rua ontem. Estão começando a botar as mangas de fora. Tem um monte de interesse que tem dentro do Brasil e de fora. Podem ter certeza que não vou desistir. Esqueçam um pouco a Folha de S.Paulo. Para a grande mídia, são os democratas. São 30 anos de doutrinação em cima do Brasil, cada vez mais formando militantes. Tem gente que faz isso não é nem por maldade, é que está na cabeça dele isso mesmo. De uma hora para outra querem que eu resolva os problemas. Não dá. Eu vou indicar o primeiro ministro do Supremo agora em novembro e então devagar, a gente vai arrumando as coisas aqui”, disse o presidente.

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Bolsonaro com o ministro Paulo Guedes, da Economia
O presidente Jair Bolsonaro, após caminhar até o STF, diz que irá vetar reajuste a servidores durante pandemia de coronavírus
General lobista foi recebido no Ministério da Saúde na gestão Bolsonaro
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O presidente Jair Bolsonaro ao lado de Paulo Guedes e empresários

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Bolsonaro com o ministro Paulo Guedes, da Economia

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O presidente Jair Bolsonaro, após caminhar até o STF, diz que irá vetar reajuste a servidores durante pandemia de coronavírus

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Manifestantes se aproximaram do Palácio do Planalto

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Bolsonaro informou que comparecerá aos dois principais locais de concentração do protesto de 7 de setembro

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Bolsonaro diz que Guedes fica e que o governo não vai furar o teto de gastos

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