Bolsonaro, sobre chat vazado: “Confiamos irrestritamente em Moro”
Presidente espera o ministro retornar de uma agenda em Manaus para conversar sobre as mensagens trocadas com integrantes da Lava Jato
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) se manifestou a respeito das mensagens entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, na época em que era juiz federal, e procuradores da Força-Tarefa da Lava Jato, divulgadas nesse domingo (09/06/2019) pelo site The Intercept. “Nós confiamos irrestritamente no ministro Moro”, disse o presidente nesta segunda-feira (10/06/2019). A informação foi dada pelo secretário de comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, segundo divulgou o Uol.
Nesta segunda, o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou, durante conversa com a imprensa, que o presidente não se pronunciaria a respeito do conteúdo das mensagens, aguardando o retorno de Moro, que está em agenda oficial em Manaus (AM), para a falarem a respeito.
“Como já apresentei, ele fez contato com o ministro Sergio Moro e a partir de amanhã colocar-se-a à disposição para compartir com o próprio ministro os fatos referentes a esse vazamento”, respondeu o porta-voz.
Quando perguntado se a situação apontaria para o caso de uma eventual renúncia de Moro, Rêgo Barros afirmou que “jamais foi tocado nesse assunto”.
Questionado ainda se o governo teria alguma estratégia em torno da reação da oposição no Congresso Nacional diante dos fatos, Rêgo Barros respondeu que não, uma vez que Bolsonaro não teve a oportunidade de conversar com o ministro da Justiça. “Por consequência, o governo não tem nenhum planejamento de momento”, afirmou.
Entenda
O site Intercept publicou reportagem sobre mensagens de texto trocadas entre Moro e o coordenador da Força-Tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, nas quais o então juiz federal teria ido além do papel que lhe cabia quando julgou casos da operação.
Em conversas privadas, o magistrado teria sugerido ao procurador que trocasse a ordem de fases da Lava Jato, cobrado agilidade em novas operações, dado conselhos estratégicos e pistas informais de investigação e sugeriu recursos ao Ministério Público. (Com Agência Estado)