Bolsonaro sobre associação à Ku Klux Klan: “Ofensa covarde ao povo”
Mais cedo, a defesa do presidente pediu ao TSE que o vídeo com a declaração de Lula seja excluído do Instagram e do YouTube
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar a fala de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que comparou os atos do 7 de Setembro a uma reunião da Ku Klux Klan — organização civil americana que prega a supremacia racial branca, o racismo e o antissemitismo. Em uma publicação feita na noite desta sexta-feira (9/9), o chefe do Executivo federal disse que a associação é “a maior e mais covarde ofensa ao povo brasileiro”.
“Associar as milhões de famílias que foram pacificamente às ruas manifestar seu amor pelo Brasil no dia de nossa Independência a um grupo terrorista, racista e antissemita, como a Ku Klux Klan, é de longe a maior e mais covarde ofensa ao povo brasileiro que já vi em minha vida. […] Usar daqueles que seguem o caminho do mal, do crime, para rotular toda uma nação é, também, atacá-la, porque os brasileiros repudiam essas condutas”, escreveu Bolsonaro.
Veja a publicação:
A declaração de Lula ocorreu na noite dessa quinta-feira (8/9), durante um comício no Rio de Janeiro. Na ocasião, ele criticava uma suposta falta de negros, pardos e pobres nas manifestações pró-Bolsonaro do feriado.
“No ato do Bolsonaro, parecia uma reunião da Ku Klux Klan [organização civil americana que prega a supremacia racial branca, o racismo e o antissemitismo]. Só faltou o capuz. Porque não tinha negro, pardo, pobre, trabalhador”, disse o petista.
Campanha de Bolsonaro aciona o TSE
Mais cedo, nesta sexta, em representação elaborada pela coligação “Pelo bem do Brasil”, que reúne os partidos PL, Republicanos e Progressistas, a campanha pediu para que a Justiça Eleitoral determine a exclusão do vídeo postado nas contas oficiais de Lula no Instagram e no YouTube.
A defesa do presidente Bolsonaro considera que Lula proferiu discurso de ódio e pede que o TSE notifique a campanha do petista para que apresente defesa no prazo legal. A relatora do caso é a ministra Cármen Lucia.
“A liberdade de expressão não pode e não deve servir de escudo jurídico para a prática de condutas ilícitas, como no caso concreto, ao imputar claramente comportamento criminoso ao presidente da República, verdadeiro discurso de ódio”, defendeu a coligação.