Bolsonaro sobre 7 de setembro: “Movimentos extremamente pacíficos”
Atos no Dia da Independência estão sendo convocados em várias capitais do país para demonstrar apoio ao governo federal
atualizado
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Na manhã desta quinta-feira (26/8), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), durante entrevista à rádio Jornal Pernambuco, voltou a afirmar a intenção de participar de atos no 7 de setembro, na comemoração da Independência do Brasil. Há previsão de que o chefe do Executivo participe dos movimentos pela manhã, em Brasília, e pela tarde, em São Paulo.
“Acredito que esse movimento do dia 7, como todos os outros feitos por pessoas simpáticas ao nosso governo ou simpáticos àquilo que nós defendemos são movimentos extremamente pacíficos, você não acha um papel no chão”, argumenta Bolsonaro.
Na mesma data, Bolsonaro deve participar de ato alusivo à Independência do Brasil, no Palácio da Alvorada, que deve ser reduzido e sem público. Em razão da pandemia, o tradicional desfile de 7 de setembro foi suspenso.
Em seu lugar, deve ocorrer uma cerimônia na residência oficial da Presidência da República, tal qual aconteceu em 2020, com a presença de poucas autoridades.
“Nós faremos uma solenidade às 8h da manhã aqui no Alvorada, hasteamento de bandeira e às 10h da manhã está previsto eu ir pra Esplanada conversar com a população. Não vou falar muito, vou ser bastante breve”, explica Bolsonaro sobre a agenda para o dia 7.
Segundo ele, a chegada na avenida Paulista deve ocorrer por volta das 15h30. “Aí, sim, um pronunciamento mais demorado. Falar com a população e também demonstrar para o mundo o quanto o governo está preocupado com o seu futuro. É um movimento popular, devemos entender como normal. Quem não quiser apoiar, é direito dele. Agora ser contra um movimento popular, não dá para apoiar isso aí”, finaliza o chefe do Executivo.
Protestos contra e a favor
Além dos atos pró-Bolsonaro, no Dia da Independência do país, organizadores do movimento Fora Bolsonaro decidiram que haverá manifestação de rua no dia 7 de setembro. A data é conhecida pelos desfiles militares, mas também pelo Grito dos Excluídos, tradicional manifestação promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Também estão previstos protestos contra o presidente nos dias 11 e 18 de agosto, Dia do Estudante e Dia do Servidor Público, respectivamente.
Na entrevista, Bolsonaro diz que respeita os movimentos, sejam eles simpáticos ou não ao que o governo federal acredita, mas destaca que os contrários são baderneiros.
“Nós não destruímos patrimônio alheio. O outro lado quando vai pra esses movimentos, como os antifas, movimentos do MST, com bandeiras vermelhas de foice e martelo, depredam agências bancárias. Tocam fogo em pneus na rua, atiram pedras em policiais. Nós não fazemos isso, não fizemos e não faremos isso. Reconheço a liberdade que o povo tem pra se manifestar, contra ou a favor, devemos respeitar a opinião pública”, salienta.