1 de 1 manifestação golpista fora stf e congresso
- Foto: Fábio Vieira/Metrópoles
Ainda sem confirmar sua participação, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, neste sábado (30/4), que os atos convocados por apoiadores para as comemorações do 1º de Maio não serão para protestar, mas para enviar recados e demonstrar união em torno do projeto representado pelo governo federal.
Durante a abertura oficial da 87ª ExpoZebu, o chefe do Executivo nacional se dirigiu a quem vai participar dos eventos de domingo e pediu que a população compareça, “para dizer que o Brasil está no caminho certo, que o Brasil quer que todos joguem dentro das quatro linhas da Constituição e que não abrimos mão da nossa liberdade”.
“Amanhã não será dia de protestos. Será dia de união do nosso povo para um futuro cada vez melhor para todos nós”, afirmou o mandatário no discurso.
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Jair Messias Bolsonaro, nascido em 1955, é um capitão reformado do Exército e político brasileiro. Natural de Glicério, em São Paulo, foi eleito 38º presidente do Brasil para o mandato de 2018 a 2022
Reprodução/ Instagram
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Descendente de italianos e alemães, Bolsonaro recebeu o primeiro nome em homenagem ao jogador Jair Rosa Pinto, do Palmeiras, e o segundo, Messias, atribuído por Olinda Bonturi, mãe do presidente, a Deus, após uma gravidez complicada. Na infância, era chamado de Palmito pelos amigos
Hugo Barreto/Metrópoles
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Ingressou no Exército aos 17 anos, na Escola Preparatória de Cadetes. Em 1973, foi aprovado para integrar a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), formando-se quatro anos depois
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Dentro do Exército, Bolsonaro também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, serviu como aspirante a oficial no 21º e no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), cursou a Escola de Educação Física do Exército, serviu no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista e, em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais
Getty Images
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Em 1986, Jair foi preso por 15 dias, enquanto servia como capitão, por ter escrito um artigo para a revista Veja criticando o salário pago aos cadetes da Aman. Contudo, dois anos após o feito, foi absolvido das acusações pelo Superior Tribunal Militar (STM)
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Em 1987, novamente respondeu perante o STM por passar informação falsa à Veja. Na ocasião, o até então ministro do Exército recebeu da revista um material enviado pelo atual presidente sobre uma operação denominada Beco Sem Saída, que teria como objetivo explodir bombas em áreas do Exército como protesto ao salário que os militares recebiam
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A primeira investigação realizada pelo Conselho de Justificação Militar (CJM) concluiu que Bolsonaro e outros capitães mentiram e determinou que eles deveriam ser punidos. O caso foi levado ao Superior Tribunal Militar, que, por outra vez, absolveu os envolvidos. De acordo com uma reportagem da Folha à época, foi constatado pela Polícia Federal que, de fato, a caligrafia da carta enviada à Veja pertencia a Jair
JP Rodrigues/Metrópoles
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Em 1988, Bolsonaro foi para a reserva do Exército, ainda com o cargo de capitão, e, no mesmo ano, iniciou a carreira política. Em 1988, foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro e, em 1991, eleito deputado federal. Permaneceu como parlamentar até 2018, quando foi eleito presidente da República
Daniel Ferreira/Metrópoles
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Durante a carreira, Bolsonaro se filiou a 10 legendas: Partido Democrata Cristão (PDC), Partido Progressista Reformador (PPR), Partido Progressista Brasileiro (PPB), Partido da Frente Liberal (PFL), Partido Progressistas (PP), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Democratas (DEM), Partido Social Cristão (PSC), Partido Social Liberal (PSL) e, atualmente, Partido Liberal (PL)
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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É casado com Michelle Bolsonaro, 40 anos, e pai de Laura Bolsonaro, 11, Renan Bolsonaro, 24, Eduardo Bolsonaro, 38, Carlos Bolsonaro, 39, e Flávio Bolsonaro, 41, sendo os três últimos também políticos
Instagram/Reprodução
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Em 2018, enquanto fazia campanha eleitoral, Jair foi vítima de uma facada na barriga. Até hoje o atual presidente precisa se submeter a cirurgias por causa do incidente
Igo Estrela/Metrópoles
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Eleito com 57.797.847 votos no segundo turno, Bolsonaro coleciona polêmicas em seu governo. Além do entra e sai de ministros, a gestão de Jair é acusada de ter corrupção, favorecimentos, rachadinhas, interferências na polícia, ataques à imprensa e a outros poderes, discurso de ódio, disseminação de notícias faltas, entre outros
Alan Santos/PR
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Programas sociais, como o Vale-gás, Alimenta Brasil, Auxílio Brasil e o auxílio emergencial durante a pandemia da Covid-19, foram lançados para tentar ajudar a elevar a popularidade do atual presidente
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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De olho na reeleição em 2022, Bolsonaro se filiou ao Partido Liberal (PL). O vice de sua chapa nas eleições deste ano é o general Walter Braga Netto
Igo Estrela/Metrópoles
Voltada para o agronegócio e realizada em Uberaba (MG), a ExpoZebu contou com a presença de diversas autoridades. Neste sábado, além de Bolsonaro, compareceram o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que foi alvo de vaias da plateia; e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), a quem o titular do Palácio do Planalto elogiou pela administração estadual.
Também estavam presentes os ministros Marcos Montes (Agricultura), Célio Faria Júnior (Secretaria de Governo), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência), Carlos França (Relações Exteriores) e Anderson Torres (Justiça).
Os ex-ministros Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura), Tereza Cristina (Agricultura) e Walter Braga Netto (Defesa), pré-candidatos nas eleições de 2022, compareceram ao evento.
O presidente retorna a Brasília no início da tarde, e não possui outros compromissos públicos previstos para este fim de semana.
Lideranças de direita e esquerda organizam atos em diversas capitais no domingo (1º/5), ocasião em que se celebra o Dia do Trabalho. Apoiadores do atual mandatário e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fazem chamados para os eventos. A data tradicionalmente conta com expressivos protestos de movimentos da esquerda.
Na Avenida Paulista, haverá a concentração de movimentos, políticos e apoiadores ligados ao presidente e pré-candidato à reeleição. A apenas 3 km dali, na Praça Charles Miller, no Pacaembu, vão se reunir movimentos sociais, centrais sindicais e artistas ao lado do pré-candidato do PT.
Até o momento, Bolsonaro não confirmou presença no ato da Paulista, nem em outra manifestação marcada para o dia 1º de maio. Nas redes sociais, estão sendo convocados atos em cidades de todas as regiões do país. Ele deve permanecer em Brasília no fim de semana, após retornar da viagem a Minas Gerais.
Na sexta-feira (29/4), em aceno de moderação no tom, Bolsonaro disse não querer “peitar” o Supremo. O presidente reconheceu que o deputado falou “coisas absurdas”, mas que não justificam a pena aplicada. Na visão dele, houve um “excesso” na dosimetria da pena, e o perdão ao parlamentar buscou “corrigir essa injustiça”.
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