Bolsonaro: situação dos combustíveis no Brasil está “menos grave”
Em conversa com apoiadores, presidente disse que problemas em torno dos preços dos combustíveis ocorrem no mundo todo
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quinta-feira (24/3) que os altos preços dos combustíveis são um problema enfrentado pelo mundo todo e que no Brasil a situação está “menos grave”. Ele respondia um apoiador que se disse empresário do setor de transportes.
“É no mundo todo. No Brasil, está menos grave”, disse Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada. Ele repetiu ainda uma queixa sobre a suposta falha de governos anteriores na construção de refinarias no país.
A conversa foi divulgada por um canal no YouTube simpático ao presidente.
No início do mês, a Petrobras anunciou aumento de 18,8% na gasolina e de 24,9% no diesel nas refinarias, além de 16,1% no gás liquefeito de petróleo (GLP). O reajuste começou a valer em 11 de março.
O preço médio da gasolina para as distribuidoras passou de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Para o diesel, o preço médio foi de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro.
Segundo a consultoria Global Petrol Prices, a Venezuela é o país com o combustível mais barato no mundo, entre 170 países e territórios analisados em seu mais recente relatório semanal, divulgado em 7 de março. De acordo com o mesmo ranking, o Brasil ocupa a 90ª posição, atrás de países como Estados Unidos e Paraguai. Hong Kong é o mais caro. Considerando apenas a gasolina, o país fica em 81º lugar.
A consultoria explica que as diferenças entre os preços da gasolina no mundo devem-se a vários tipos de impostos e subsídios para a gasolina. “Todos os países compram o petróleo nos mercados internacionais pelos mesmos preços, mas impõem diferentes impostos. É por isso que o preço da gasolina a retalho resulta diferente”, explica.